Minha mãe assinava a Veja. Eu lia a Capricho. Fazia inglês, natação, jogava capoeira e estudava à tarde. Estava com o braço esquerdo quebrado. Lia muito mais do que leio hoje. Frequentava o batepapo do finado ZAZ que virou Terra. Tempos depois, passei a frequentar o batepapo da Uol. Era aficcionada por
Descobri que a sensação da internet era, então, ter um blog. Segundo a Capricho, um diário online. E foi o que eu fiz desde então. Fiz, de todos os meus blogs, um Dear Diary cheio de mágoa juvenil e a vida não presta. Meu blog preferido tinha nome de música do Bowie. Ainda existe e no mesmo endereço. Eu cresci. A autora daquele blog não. O que eu achava genial, hoje me mata de vergonha alheia.
O desafio desse blog é a distância da primeira pessoa. Tirar um pouco do meu egoísmo e egocentrismo. Sair da seara da vida que não presta e falar de todas as outras coisas que possam me interessar. Não sei se consigo manter um blog com tal distanciamento, mas certamente vou tentar.
Os posts? Têm pipocado na minha cabeça ultimamente. De cinema a política. Passando até por gastronomia. Da mesma forma de sempre, cheios de pretensão e sabetudísmo, como eu costumo ser. Mas em terceira pessoa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário