segunda-feira, 17 de maio de 2010

Virada Cultural - parte 1 (em primeira pessoa)

A Virada Cultural começou quando a dona Marta Suplicy resolveu investir todo o dinheiro das taxas numa noite com shows, peças e exposições espalhados pela cidade há 6 anos atrás.
Em 2008 eu me arrisquei a ir para a Virada. Resultado - antes da meia-noite já estava em casa. Por que? Centrão, muita gente, muito escuro, pouca segurança. Confesso que sinto um medo irracional do centro velho de São Paulo, mas isso não vem ao caso. A Virada Cultural não me conquistou.
E esse ano, fui incumbida de acompanhar o evento por conta de uma matéria da faculdade. Pensei em fazer a programação indoors. Teatro no Centro Cultural Banco do Brasil, Virada Cine Gastronômica no Belas Artes (que é meu cinema preferido), filminhos do CineSesc e exposições do Centro Cultural São Paulo.
E minha missão foi completamente #fail. Explico. Queria ver, no CCBB, o monólogo da Beth Goulart, Simplesmente eu, Clarice Lispector. É um monólogo que eu quero ver desde antes do carnaval e que não pude ver no Rio com uma amiga muito querida porque não consegui adiar minha passagem de volta. Mas voltemos ao foco. Foram 3 sessões na Virada Cultural e as três lotaram. Verei o monólogo na próxima sexta.
A próxima missão #fail foi o CCSP. Passei por lá, mas nada me chamou muita atenção. Nem os shows, nem as exposições. Apenas para uma comparação, os músicos que sempre ficam espalhados pela Paulista me chamaram mais atenção que os que estavam no CCSP.
A terceira missão já não foi tão #fail. Para quem frequenta o Noitão do Belas Artes, a Virada Cine Gastronômica foi um Noitão com comida nos intervalos. O problema foi a programação. Normalmente, no Noitão, eu sei que não sou público para um dos filmes. É de praxe. Eu sempre gosto de 2 entre 3 filmes. Mas nessa versão gastronômica, MELDELS.
Ok, eu cheguei tarde, comprei ingresso para a única sala reminiscente e fui obediente em me ater àquela sala, mas só um filme valeu a pena para mim. Índia, o amor e outras delícias. Os outros dois, PUTA QUE PARIU. O Tailandês O sabor da melancia é o tipo de filme que está todo errado. Filme oriental (sim, eu tenho esse preconceito), escatológico e bizarro, com direito a músicais sem noção e cenas de sexo que envolvem melancia. E o brasileiro Doce de coco paradíssimo.
No fim das contas, parei para conversar com a organização do evento, além de ganhar um dvd do sorteio. Sim, Julie e Júlia, que era o que eu realmente queria ver, acabei ganhando.
Enfim, Virada Cultural de novo, só por muito dinheiro. E sim, é preconceito meu, mas esse post é uma opinião minha. Pelo menos essa primeira parte, porque sim, farei análise e resenha ainda, onde destacarei a importância e a abrangência do evento.
Mas ó, prefiro muito pagar pelos eventos culturais que realmente me agradam que participar desses que sempre tem aglomeração, briga e morte (vide link postado por mim no twitter).

PS - A Virada Cine Gastronômica do Belas Artes foi paga. E o monólogo da Beth Goulart teve só uma sessão gratuita. As outras duas também foram pagas. O que complementa o que eu estava dizendo.

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