domingo, 27 de novembro de 2011

'Meu Deus, mas que cidade linda!'


Não tinha medo tal Laís de Santo Cristo, era o que mamãe dizia sempre que rolava uma briga. E essa história começa com um coração angustiado, uma necessidade de mudança e uma oportunidade. Um dia o telefone tocou e, do outro lado, um convite foi feito. E esse convite foi aceito sem ponderação. Quinze dias se passaram do convite lançado. E, alguém com o emocional abalado deixou isso refletir no físico. Nunca quinze dias passaram tão rápido. Nunca uma gripe durou tanto. Nunca uma expectativa se alastrou tanto quanto uma doença.
Laís de Santo Cristo deixou São Paulo numa manhã extremamente chuvosa de um sábado. Levemente embreagada ainda da noite anterior, Laís deixou correr uma lagriminha pelo rosto enquanto viu sua amada cidade virar só um aglomerado distante lá embaixo, no chão. Seu coração estava, entretanto, tranquilo. Algo lhe dizia que aquela mudança viria para o bem.
'O planalto central é lindo', concluiu quando o avião pousava numa Brasília ensolarada. Haveria tempo para turismo durante a semana. Haveria tempo para conhecer cada detalhe dessa cidade, já que o plano era permanecer aqui por tempo indeterminado.
A expectativa ainda durou pelos primeiros quinze dias. Depois virou desespero. Afinal, não estar mais na proteção do lar dos pais e estar de favor em outro lugar - longe de todos os amados, é infinitamente angustiante. Houve também a peça pregada pela vida que resolveu apresentar pessoas incríveis - em São Paulo. As coisas começaram a pesar. Mas havia uma meta estabelecida.
Mais alguns dias passaram e a meta estabelecida foi cumprida. Outra meta, então, foi estabelecida. Essa sim, mais difícil de cumprir, entretanto bem planejada. As circunstâncias, porém, não deixaram que essa meta fosse cumprida. Aí a história de Laís de Santo Cristo no cerrado acaba aqui.
João e Laís tem muitas coisas em comum - dentre elas o fato que vieram parar no Planalto Central porque assim quis a história, não porque planejaram por isso. João morreu em Brasília (apesar de ter sido encontrado como cobrador de ônibus em Sobradinho). Laís volta para São Paulo.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

"Here we are, now entertain us"

Um dos discos mais icônicos da história da música completou duas décadas dia 24. Nevermind é um must have album. Afinal, foi com ele que o Nirvana deixou de ser mais uma banda independente de Seatle e se tornou o símbolo do grunge e, consequentemente, da juventude dos anos 1990. Sua famosa capa, com o bebê nadando como se fosse pegar a nota de um dólar foi exaustivamente copiada. E suas músicas embalaram pelo menos três gerações de adolescentes e jovens adultos.
Capa do Nevermind na versão dos Simpsons
"Smells Like Teen Spirit", o primeiro single desse disco que conta ainda com "Come as you are", "Lithium", "In Bloom" e "Polly", chegou à 6ª posição do Top100 Hot Singles da Billboard, além de ser a primeira música que vem à mente quando se fala de Nirvana. A letra gritada, cheia de teenage angst e a melodia feita com três ou quatro acordes - como faziam os Ramones nas duas décadas anteriores, romperam a barreira do pop de Michel Jackson e Madonna e com o metal de Metallica e Iron Maiden, extraindo deles, contudo, partes de sua essência.
Clipe de In Bloom, um dos maiores sucessos do Nevermind
Há quem diga que o Nevermind foi o último disco de rock. Muitos fãs do Nirvana não o consideram como o melhor disco da banda. Foi a partir dele e do Ten, do Pearl Jam que o rock alternativo subiu ao mainstream, como é chamado o grande público. Bandas como Smashing Pumpkins, Soundgarden, Alice in Chains, Silverchair e até o Hole, banda liderada por Courtney Love - a viúva de Kurt Cobain, conquistaram espaço na mídia e público com a ajuda da popularização do rock alternativo que ocorreu com o Nevermind.O mundo da música deve sim comemorar o aniversário de duas décadas deste disco como ele é - o abre-alas para que o indie rock e o folk conquistassem o espaço do qual desfrutam atualmente.

Para ouvir - Nirvana, Nevermind (1991)

domingo, 14 de agosto de 2011

Someday you will be loved

Então existe um post sendo fermentado há semanas. Sobre o amor. Mas há um problema - há um risco de auto-plágio. Porque costumo ser repetitiva com algumas coisas e o amor é uma delas.
Me apaixono de maneiras estúpidas. Digo que nunca vou me envolver e me condiciono beahvioristicamente a um sentimento tão abusivo que dói. É aquela coisa que só quem assstiu Inception vai entender - de plantar uma idéia na cabeça. E, depois de um relacionamento difícil e outro frustrado, a idéia que eu plantei na minha cabeça é que eu precisava amar alguém inalcansável.
Tinha de ser assim - alguém que eu conhecesse com uma certa intimidade e, ao mesmo tempo, distância. Então eu projetei tudo o que queria sentir nessa pessoa. E quis fazer parte do mesmo mundo, conhecer as coisas que ela conhecia, gostar das coisas que ela gostava e, ao mesmo tempo, colocar em um pedestal iluminado acima do bem e do mal.
O problema surgiu quando a idéia começou a crescer e, o que devia ser uma fuga virou, de fato, um sentimento. E eu me apaixonei de verdade pela tal pessoa no pedestal. E ficou aquela coisa de querer colocar um semi-deus numa posição de mortal. Os olhos se fecham para os defeitos e tal.
Um dia, então, com o peito completamente exposto, um pequeno gesto faz a boca secar, as pernas tremerem, a voz ratear, os olhos brilharem e o coração disparar. Pode ser um simples sms de madrugada. Ou um sorriso na multidão. A idéia é plantada de novo. A paixão. O ato de, como o caçador da Branca de Neve, colocar o coração na caixinha e entregar para alguém. Com a diferença é que, no caso, esse coração é o seu próprio e, paradoxalmente, ele só funciona perfeitamente se é mantido com cuidados dentro da caixinha.
Só que o que a gente espera, quando entrega a caixinha a alguém, é que ele fique livre de perigos. Mas o outro trata a caixinha como bem entende. A partir do momento que a caixinha está em outras mãos, não importa mais o cuidado que você teria. Agora essa responsabilidade é de outra pessoa e não há nada que possa ser feito, a não ser confiar nesse outro ser.
Someday you will be loved, então, é uma música que descreve uma pessoa devolvendo a caixinha toda danificada e dizendo assim - algum dia, alguém vai merecer essa caixinha e cuidar tão bem dela, que você vai esquecer que ela foi danificada. É uma promessa de cuidado diferente.
E isso pode não fazer muito sentido. Porque se a pessoa se preocupa em devolver a caixinha e afirmar que, um dia, alguém vai cuidar dela, é atestar uma preocupação que pode confundir todos os sentimentos - mais uma vez.
A moral dessa história, se é que há alguma, é que entregar o coração na caixinha é o ato mais egoísta que alguém pode ter, esperando altruísmo alheio de cuidar bem daquilo. E sim, todo esse devaneio é direcionado. A mim, para que eu me lembre que só existe um amor - o próprio.

domingo, 24 de julho de 2011

We only said goobye with words


Eu conheci Amy por Rehab. Num tempo que ela era pouco conhecida ainda, mas sim, a conheci pelo seu maior hit. Confesso que não foi amor imediato pelo Back to Black. Mas eu resolvi dar uma chance depois do cover de You Know I'm No Good que o Arctic Monkeys fez. Porque é assim que funciona. Sua banda favorita da adolescência faz um cover de alguém e você apaixona.
O amor veio mesmo quando eu resolvi ouvir o Frank. É, para mim, muito melhor que o Back to Black, muito embora eu possa fazer toda uma argumentação sobre a genialidade dessa curta discografia Winehouse.
Amy me acompanhou em diversas fossas - a pior de todas entre setembro e novembro de 2008, junto com Aimee Mann e Smashing Pumpkins (beijos pra quem não sabe levar fora e se agarra na depressão). Explico. Eu estava num pseudo-relacionamento com ~le Voldemort~ e toda vez que eu pensava qual podia ser nossa música, a única que me vinha a cabeça era Stronger Than Me. E quando eu tomei o pé na bunda (o primeiro de muitos nesse relacionamento) eu sofri horrores, de chorar pra dormir durante mais de um mês. E, como boa adolescente (ok, eu tinha 19 anos, mas era sim adolescentona ainda) autodestrutiva, eu tornei Stronger Than Me o hino do meu fracasso amoroso.
Eu usei tantas músicas da Amy em sala, quando dava aula de inglês. E tantas vezes eu chamei uma ou outra música dela de história da minha vida. Brinquei uma vez, com um amor antigo, que me sentia vivendo as músicas da Amy. Resisti bravamente à Adele, desde 2008 (ok, hoje eu reconheço - Adele é FODA), por achar a Miss Amy Winehouse infinitamente superior. E sim, hoje eu chorei sua morte.
E isso quer dizer alguma coisa. Eu só chorei a morte de uma outra artista - Cássia Eller. E fiquei absurdamente triste com os comentários e piadinhas. Fiquei triste também por não ter ido ao show. Fiquei triste pelo choque de que nunca mais teríamos lançamento dela. Fiquei triste porque foi uma morte triste.
Falei no Facebook sobre hipocrisia e dependência química. Afinal, todos sabemos dos males que a dependência química pode causar. E todos conhecemos um adicto. Na família, no bairro, amigo do primo do colega da tia da vizinha, que seja. Eu tenho um primo adicto. E, certamente, vou ficar bem triste se ele morrer, ainda que não sejamos tão próximos.
É de uma hipocrisia absurda falar que ela procurou por isso. Dependência química não é uma brincadeira de hide and seek com a morte. É uma doença, como bem disse a @rosana em seu belo texto sobre a morte de Amy.
A questão é - Amy, ainda que adicta em suas piores fases, era de um talento muito superior aos pobres mortais superproduzidos em estúdios com excelentes instrumentistas, técnicos de som e softwares autotune. E isso sempre incomodou muita gente. Dente quebrado, cabelo fodido, situação física deplorável e bastava abrir a boca e o vozeirão continuava lá, intacto.
Amy foi sim uma grande artista. Extremista e inconsequente, mas qual artista pode (e vai) bater no peito com orgulho e dizer que é uma pessoa de panos quentes e meios termos? Não é um princípio da arte desafiar limites? Amy vai fazer muita falta. Mas deixou uma bela obra. Que descanse em paz.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Um dia

Você é linda, sua velha rabugenta, e se eu pudesse
te dar só um presente
para o resto da sua vida, seria este.
Confiança.
Seria o presente da confiança.
Ou isso ou uma vela perfumada.


Tudo começa quando, lendo o post da Mary W, decido que preciso ler este livro pela simples genialidade da história não ser contínua. Porque tem de ser muito gênio pra decidir contar uma história de 20 anos um único dia por ano, sem continuidade.
E, num daqueles dias que o mundo pesa demais, resolvi comprá-lo. Um pouco a menos de dinheiro do que eu já não tenho não faria falta. Não podia ter feito melhor. Por que ela disse que se apaixonou por Emma Morley. Eu não. Eu sou Emma Morley, a dos 20 e poucos anos. Recém-formada com méritos, mas sem perspectiva de nada. Completamente apaixonada e não correspondida. Com a diferença que eu não me escondo atrás dos óculos - uso lentes de contato desde os 12 anos.
E não, este texto não é uma resenha do livro nem nada do tipo. É uma auto-reflexão. Talvez uma dica de leitura - muito embora o metrô esteja se encarregando bem de difundir também o livro, que já está afixado nos cartazes das estações. Talvez por que tenha virado um filme e, bem, todos adoram ler coisas que viram filmes, né? Não sei se acho isso bom porque finalmente as pessoas vão ler alguma coisa que não é auto-ajuda ou se acho ruim de chegar aos populares aquilo que eu gosto. Mas também não é esse o foco.
Esse trecho citado é de uma carta que o Dexter escreve para a Emma enquanto ela está nessa fase dos 20 e poucos anos, trabalhando no restaurante mexicano e tal, e ele está viajando pelo mundo num segundo ano sabático depois do fim da faculdade. A carta não é enviada porque ele a perde dentro de um livro no bar. Mas não é esse o gancho ainda.
E eu poderia contar as inúmeras vezes que eu já ouvi isso de alguém. Que me daria confiança se pudesse. Ou de quantas vezes eu disse isso a alguém. E não é que me falte confiança, ao contrário. Às vezes sobra. É não saber lidar.
Então ontem eu estava lendo a coluna da Eliane Brum, que eu adoro. E me vi descrita ali. Muito competente, muito habilidosa e completamente incapaz de lidar com frustração. Muito embora eu tente.
Às vezes invejo pessoas que me são muito queridas. Todas estão bem estabelecidas profissional e pessoalmente. Todas se divertem. Não existe culpa em passar o final de semana festejando, batalharam por isso a semana inteira. Enquanto eu fiz o que? Dormi? Lavei a louça? Vi dez filmes seguidos numa terça-feira?
É assim - todo mundo merece estar onde está. E eu sou a frustrada injustiçada. A pobre coitada que é tão ou mais qualificada que boa parte das pessoas que conhece, mas que nunca está por cima. Aí chego a conclusão de que o problema é bem esse - o tal excesso de confiança. E as coisas pesam. A fé balança. Fico até um tanto amargurada.
Lembro da amiga que vi semana passada, a qual eu não via há mil dias. Há quatro anos atrás ela já me dizia que, quando eu nasci, ninguém me falou que ia ser fácil. E que eu sempre respondia - mas ninguém também disse que seria tão difícil. Dizem que o tempo melhora tudo. A vida de Emma melhora um pouco nos vinte e muitos e muito nos trinta. E eu rezo. Porque não quero esperar ver passar tanto tempo.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Sobre Harry Potter - 5 de 7

Então depois de ter dado o sangue dele para fortalecer o retorno do Rei Voldemort, o menino Potter consegue escapar mais uma vez da morte para o pior ano de sua vida. A adolescência não é uma boa amiga para Harry. Ele fica revoltadinho com tudo e todos, e desconta em todos seus amigos.
Este livro começa com um ataque de dementadores na região da casa dos Dursley, com Duda quase tendo a alma sugada por um dementador e Harry conjurando um patrono que pode significar expulsão de Hogwarts para ele.
E ele fica bravinho porque nenhum de seus amigos tem escrito pra ele, até que o Olho-Tonto Moody e um grupo de aurores vai buscá-lo para ir ao Lago Grimmald número 12, a casa de Sirius e sede da Ordem da Fênix. Rola uma revolta juvenil dele com todos os membros da Ordem e seus amigos, por terem se afastado dele por ordens de Dumbledore, que temia ter suas corujas interceptadas.
Para pioras a situação, todo o mundo bruxo desacredita o retorno de Voldemort e creditam a morte de Cedrico a um infortuno acidente. Ocorre a audiência disciplinar, Harry é absolvido com a ajuda de Dumbledore, mas fica intrigado que o diretor nem sequer olhe diretamente para ele.
No correr do livro, Harry tem muitas crises juvenis e briga com todos. O Ministério da Magia coloca a sub-secretária sênior do Ministro, Dolores Umbridge para vigiar a escola e, depois, descobrimos que ela mandou os dementadores até o bairro dos Dursley para dar um jeito de expulsar Harry de Hogwarts, como se isso fosse dar uma credibilidade à história do ministério que negava o retorno do Voldemort.
Umbridge é a pedra no sapato de toda a escola. Ela cria uma brigada inquisitorial, expulsa a professora Trelawney, tira Dumbledore do cargo de diretor e transforma Hogwarts num inferno.
Harry fica tendo "sonhos" com os pensamentos de Voldemort e Dumbledore quer que ele aprenda oclumência com o prof Snape. Harry, claro, não consegue aprender oclumência e começa a "gostar" de fazer parte da mente de Voldemort. Ele vê um ataque ao Sr Weasley na noite de Natal e acha que foi ele quem cometeu porque está no cérebro da cobra. Como esse ataque é verdadeiro, tudo o que ele começa a ver, encara como verdade.
Existe a batalha no Ministério da Magia por causa da profecia (que é o motivo pelo qual Voldemort se aproveita dessa ligação cerebral com Harry, para que o menino pegue a profecia) e, claro, Dumbledore ganha, porque ele é o cara e, como diz Homer Simpson, ninguém deveria sobreviver ao seu mago da ficção.
Nesse livro descobrimos que a série poderia chamar Neville Longbottom ao invés de Harry Potter, mas os deuses do marketing acham que Potter é um nome mais rentável. Não é meu preferido porque o Sirius morre e o Harry fica INSUPORTÁVEL boa parte da história.
Continua

domingo, 19 de junho de 2011

Por que não te calas?



É tanta coisa a ser dita que fica difícil começar. Quebraram o mundo. Esta é a era da intolerância e da militância. Na verdade é a era da junção de militância e intolerância. Não Coca-Cola, os bons não são a maioria. Os imbecis que são. Porque não existe outra explicação para que, em pleno século XXI (ainda sou adepta dos séculos em números romanos, me julgue), as pessoas sejam tão extremistas. Sério, extremismo é tão idade média que, né? Nem merece muita pauta.
Mas tudo começa assim - sábado à noite, acabou jantar, acabou novela e sem nenhum plano (ou fundo monetário para tal), o computador começa a chamar para as bobagens da internerds. Então, no meio daquela navegação ociosa você se depara com isso. A única coisa que passa pela cabeça é haters gonna hate.
Algumas discussões não acabarão nunca porque as pessoas não conhecem meio-termo. Intolerância é tão boring que não devia nem ser explicada. Porque é muito simples - seu direito acaba onde começa o do outro. Sim, o outro - aquele desconhecido na multidão - tem tanto direito quanto você, ainda que você não entenda ou não reconheça isso.
O texto do link acima é tão asqueiroso quanto o seu originador. Sejamos sinceros - ser homossexual não é ser contra os heterossexuais. Por que as pessoas não aprendem isso? Porque esse discursinho gay de que todo hetero é insira ofensa aqui é tão preconceituoso quanto dizer que todo gay é promíscuo ou aidético ou qualquer outra ofensa comum aqui. E as pessoas confundem militar anti-homofobia com heterofobia (sim, concordo com o termo). Porque qualquer coisa agora é homofobia.
Tudo agora é motivo para protesto - virtual ou presencial. Moradora de Higienópolis faz comentário infeliz - "ah, vamos fazer um churrasco no meio da Angélica pra protestar". Policial fala uma asneira pra uma mulher - "vamos juntar um monte de mulher e fazer a marcha das vagabundas". Pastor evangélico imbecil convoca seus "fiéis" a flodar emails de senadores para impedir a aprovação de um projeto de lei - "abro mão da lei da homofobia se ele abrir mão da lei de liberdade de culto". Apresentador de tevê fala babaquice sobre amamentação - mamaço. Blogueira retruca - processo.
B-O-M S-E-N-S-O. Como dizia sua mãe quando você era pequeno "não dói e conserva os dentes". Não é com um discurso igualmente preconceituoso que se muda uma opinião (ou uma atitude) preconceituosa. Não é protestando por qualquer bobagem que se muda o mundo. Não é falta de idealismo achar que essas "marchas por qualquer coisa" só tumultuam e atrapalham o trânsito. É bom senso. Quanto mais protestos sobre qualquer coisa existirem, menos respeitados eles serão. Óbvio que muitos vão aos protestos pela farra e não pela idéia, mas todos te olham torto se você assume isso.
É bem aquela coisa que sua mãe, sua vó e sua tia costumam te dizer - se você não tem o que falar, fique quietinho. É melhor permanecer quieto e deixar o benefício da dúvida aos que te acham idiota que lhes dar certeza que você é realmente idiota.


Eu sou mulher, homossexual, canhota, obesa e espírita. Nunca usei nenhuma dessas características como muleta. Acho uma grande bobagem essa intolerância total com qualquer coisa, bem como acho o tal do politicamente correto uma chatice. Bem como quem se esconde por trás de um discurso politicamente incorreto pra ser preconceituoso. No alto dos meus 22 anos sei que não vou salvar o mundo. E nem vou tentar porque, uma intolerância por vez, as pessoas estão se destruindo sozinhas.

terça-feira, 14 de junho de 2011

4 FUCKING anos

Eu costumava escrever posts assim no meu antigo blog "então você nasce, pratica bullying contra os menos favorecidos na escola, vira um adolescente babaca (o que é pleunasmo uma vez que todo adolescente é babaca), cresce, começa a trabalhar e entra na faculdade. Aí você entende como a sua vida era fácil até ali". Não que eu tenha rompido com meu estilo de começar um post, nada disso. Mas todo mundo sabe que faculdade só é difícil em dois momentos - no começo e no fim.
E no primeiro momento - o começo, a faculdade é difícil para nós, crianças classe média, criados a leite com pêra e ovomaltino única e simplesmente porque é um rítmo diferente do que estamos acostumados. Não existe aquela coisa de escrever qualquer bobagem na prova serve. Ainda.
No começo da faculdade todo mundo é aluno modelo. Lê toda a bibliografia de todas as matérias, participa de todas as discussões e sofre se chegar 15 minutos atrasado na aula porque o metrô parou ou o ônibus quebrou. Calouro sofre quando tira menos da metade do valor da prova. E vira noites para terminar um trabalho que vale só meio ponto na média, porque qualquer meio ponto é valioso.
Em algum momento, basicamente depois das primeiras férias, isso acaba. A partir do momento em que a faculdade deixa de ser novidade, a coisa toda desanda. Existem, claro, as exceções, mas a grande maioria dos universitários entra no modo automático. E esse modo funciona assim - saber a quantidade de faltas por matéria para não reprovar por ausência, mas não perder tempo indo pra aula inútil; a frequência no bar é maior que na faculdade e uma hora de atraso torna-se o horário normal. O status de "veterano", faz com que trabalhos bobos que valem meio ponto sejam ignorados e há a seleção natural das matérias que devem ser levadas com mais empenho.
E isso segue pelo grosso do curso. de 5 a 7 semestres, dependendo da duração. Porque uma hora chega o último ano. E tudo parece ser como os demais semestres - atraso, bar, faltas. Exceto que entra o monstro do trabalho de conclusão de curso - o TCC. Seja ele individual ou em grupo, o TCC é o fodedor do final da faculdade. O TCC deveria ser estudado (risos), tamanho seu poder de bruxaria.
O grande lance do TCC é sua marotice. Planejamento e cronograma - você faz. E acha que vai dar tempo. E, de repente, faltando horas para o trabalho ser entregue, você encontra um defeito que pode foder tudo. Além do planejamento, o cronograma e o orçamento iniciais irem pelo ralo e você ter de correr contra o tempo, ficar noites em claro e, ainda assim, ter certeza que poderia ter feito melhor se tivesse tido mais tempo.
Olha. Eu ainda não tenho filhos. Mas acho que só um filho pode trazer mais emoção do que a entrega e a banca de um TCC. Porque a hora que o trabalho é aprovado com elogios e méritos, não tem palavra no mundo que descreva. Apesar de alívio, felicidade e euforia chegarem perto.
Fica assim, então. Quando eu entrei na faculdade, no alto dos meus 18 anos, eu tinha um iPod, uma relação afetiva complicada, nome limpo, um emprego bem medíocre e eu me divertia todos os dias da desgraça e da inferioridade alheias. Hoje, formada, aos 22 anos, eu tenho um smartphone, uma ex-namorada que todos os meus amigos odeiam, nome sujo e estou desempregada.
É clichê dizer que em 4 anos muita coisa mudou, mas é verdade. Eu mudei, principalmente. Apesar de muita coisa faltar ainda. Sinto que minha vida só será completa quando eu tiver o nome limpo novamente, um carro e um edredom (porque é muito frio pra quem dorme sozinho). Mas recomendo a experiência da faculdade. Não pelo diploma ou pela perspectiva de trabalhos melhores. Mas pelo crescimento. Vale cada risada, cada lágrima e cada meio ponto que ficou pra trás. E que venha a pós.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Hey baby, I think I wanna marry you


Casamento? Me gusta. Afinal eu sou mulher e eu gosto de mulher e mulheres gostam de casamentos. Ok, algumas mulheres não gostam de casamentos mas a maioria gosta.
Mas a questão não é gostar ou não gostar de casamento. Nem querer ou não querer casar. É poder casar. Aí a votação do STF sobre a união homoafetiva muda muito a vida de toda a população gay brasileira.
Já li e ouvi tanta bobagem sobre o assunto que fica difícil começar a comentar. E queria comentar tudo. Porque as pessoas não perdem a oportunidade de pesar a mão no absurdo.
Teve quem dissesse - união civil não é casamento. Fato. Tem tanta gente - hetero ou gay - que é casada sem ter ido ao cartório oficializar. É o famoso "juntado". É fácil reconhecer - moram juntos? A união é estável? Se as respostas forem sim, parabéns, isso é um casamento.
A outra máxima maravilhosa - casamento é quando tem a união civil e a cerimônia religiosa. W-H-A-T? É sério, já ouvi isso. Não teve igreja, não é casamento, é união civil. Proponho o seguinte - não teve batatinha no óleo e vinagre com cebola e salsinha, não é casamento. É só uma festa cara.
Tem a outra também - união civil homoafetiva não é casamento porque gays não reproduzem. Essa é pra cair o cu da bunda. Casais homossexuais podem adotar. No caso de casais de mulheres, há ainda a opção da inseminação. Existem tantas formas de família. Acho que as pessoas deviam prestar mais atenção nos adesivos de família feliz no trânsito. Casal e cachorro = família. Casal é criança = família. Casal, criança, cachorro, gato, peixe, passarinho, tartaruga = família grande e barulhenta. E mais. Tantos casais heteros não pensam em ter filhos. Eles deixam de ser uma família por isso?
O problema todo é que tem muita gente que confunde melancolia profunda com melancia na bunda. Não é porque nós, os pecadores homossexuais, queremos assinar os papéis do casório, que o padre tem de nos unir em sagrado matrimônio. União civil é um direito. É uma questão de igualdade. Afinal somos cidadãos. Pagamos contas, impostos, trabalhamos, votamos, fazemos compras e assistimos novela. Não somos diferentes de pessoas heterossexuais. Somos, talvez, um pouco mais narcisistas, pois nos apaixonamos por iguais. Mas as diferenças param aí.
O direito a união civil não obriga aos padres a nos declararem "mulher e mulher". Ou "marido e marido". Nem aos pastores, nem aos rabinos, nem aos médiuns, nem aos pais de santo, nem a nenhum líder religioso. A discussão é - somos iguais perante a lei? Sim, somos. Devemos então ser respeitados? Sim, devemos.
Homossexuais também tem fé. Não todos, mas não há unanimidade na fé entre os heterossexuais também. Existem ateus e agnósticos de todos os tipos - heteros ou gays. Mas não estamos discutindo fé. E vivemos num Estado laico e democratico. E democracia funciona quando não há distinção entre os cidadãos. E Estado laico funciona com a liberdade de religião e culto.
Então não adianta dizer, como um certo pastor recentemente desbigodado*, que a união civil homoafetiva não pode ser aprovada por ir contra as leis de Deus. Ou, como diz aquele outro deputado, a aprovação da união homafetiva é contra a moral familiar. São apenas justificativas para preconceito. Deus não tem nada a ver com isso.
Todos temos preconceitos. Se você não gosta de negros, homossexuais, gordos, magros, asiáticos, indígenas, idosos, adolescentes, mendigos, louros, morenos etc, basta não conviver com esse tipo de pessoa. É uma opção sua, ninguém pode te obrigar. O que não pode é agredir uma pessoa porque ela não te agrada. Nem incitar a agressão a uma pessoa só porque ela não te agrada.
A decisão do STF é um grande passo que o Brasil dá rumo ao chamado "primeiro mundo". E não há mais argumento contrário e preconceituoso que possa mudar isso. A esses, os preconceituosos, podemos citar Jesus - "perdoa, Pai. Eles não sabem o que falam".


* Falo do Malafaia como recentemente desbigodado porque a última vez que o vi na televisão ele ainda usava bigode. Aliás, tô sendo bem contra essa trollada que o povo tá dando nele. Tão trollando pelo motivo errado. Tinha de trollar por ele ter tirado o bigode, porque todo mundo sabe que um bigode faz toda a diferença.
Acho a conversa fiada dele bastante fiada, mas defendo o direito dele de falar a merda que quiser, contanto que ele entenda que é responsável legal pelos absurdos que fala. Acredito que ele vá chutar cachorro morto e dizer que depois da aprovação da união homoafetiva, vão aprovar a legalização das drogas, porque é bem esse tipo de argumento que ele é capaz de formular. Nem vou falar de aborto, porque sou a favor da descriminalização do aborto, mas aí já é polêmica demais pra um post só.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Sobre contexto e genialidade

Sabe quando aquela banda F-E-N-O-M-E-N-A-L erra a mão no novo álbum e você pensa que é a pá de cal no túmulo dela? Meses depois você ouve o álbum de novo e NOSSA QUE GENIAL ESSE ÁLBUM, PUTAQUEPARIU! Isso é nada mais é que familiaridade e contexto. Porque as coisas funcionam assim - precisa fazer sentido no meio em que está inserido e no momento que você está vivendo.
Por exemplo - uma certa ex-namorada é cheia de mandar uns sms sem noção nenhuma do tipo "por que é vermelha e não verde?". Óbvio que isso é só um recurso dela para receber uma ligação, mas a gente entra na brincadeira e liga. "Por que o que é vermelha e não verde?", é a pergunta que não quer calar. E ela responde "a roupa do Papai Noel", e a resposta dela é entonada como se fosse o pensamento mais óbvio que uma pessoa pudesse ter diante de uma pergunta aleatória como essa. Ai a gente responde "porque o Papai Noel é invenção da Coca-Cola" e fica tudo resolvido. Porque entrou no âmbito da familiaridade e do contexto.
A mesma coisa acontece na faculdade. No primeiro semestre você é obrigado a ler, sei lá, O Príncipe Eletrônico. Não faz sentido nenhum na sua vida, porque você é um calouro leite-com-pêra que não foi preparado no colégio pra esses raciocínios elaboradíssimos das ciências políticas/sociais. Então, em outro momento, provavelmente no fim do curso, você, uma pessoa amadurecida pelos anos de estudo/trabalho e tomação no cu, tem de reler o tal d'O Príncipe Eletrônico e oh, é a história da minha vida detalhada num estudo.
A Chave desse post está, claro, no Angles. Porque sim, o Angles é genial, porque Strokes é genial e blablabla. Mas a primeira impressão que o Angles dá é assim - "agora eu entendo porque liberaram primeiro Under Cover of Darkness. Porque entra no padrão Strokes". O Angles é como o Humbug (Arctic Monkeys). Ou o Here We Stand (Fratellis). Ou mesmo o Wolfgang Amadeus Phoenix (Phoenix). Precisa de um costume pra entender. Tem de ouvir mais de 10 vezes cada música, antes dela soar familiar. E se conformar que ficou uma merda, pra deixar de lado por um período.
E o Wolfgang Amadeus Phoenix é uma obra-prima. Um dos melhores álbuns de todos os tempos. O Humbug é muito foda. O here We Stand é bacana. Todos eles mostram aquele amadurecimento da banda e tal. Diferente do Tonight: Franz Ferdinand, que continua soando como Franz Ferdinand.
Não vamos entrar na discussão sobre opinião. Todo mundo tem, não é nada demais. Cada um pode achar o que quiser. Mas a coisa do contexto vale muito a pena ser experimentada. Porque algo pode que pode não fazer sentido pra você agora, certamente vai ser a maior genialidade de amanhã. É que nem conselho de mãe - nunca falha.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Estamos apresentando... Final da faculdade

Depois de quatro meses sem receber boletos, recebo agora, via email, apenas os boletos da DP. Todos com o vencimento para o mesmo dia. E as mensalidades? Não recebi nenhuma, so far.
Mas tamos aí nesse mês de procastinação para o fim do curso, uma vez que não tem mais o que fazer na faculdade. É tipo ir pra perder tempo. Mas se não for, estouro em faltas. E tem o TCC com a corda no pescoço, comofas/ Nnguém sabe. Relatório técnico who?
A verdade é que tudo tem ficado meio negligenciado. Os projetos de conquistar o mundo, a vida, o universo e tudo mais. Mas logo passa. Ou não.

sábado, 2 de abril de 2011

Laboo


Em breve. Transformando coisa séria em piada.

segunda-feira, 28 de março de 2011

THE END

Vem ser linda na minha cama

Enquanto a legião dos rogério cenistas comemora a zebra do Paulistão, pessoas mais inteligentes e evoluidas aguardavam a eliminação do BBB. E assim - mesmo sabendo que ela seria eliminada hoje, bate aquela pontinha de tristeza no coração.
Diana é aquela pessoa que a gente antipatiza logo de cara. Lembro da apresentação dela no primeiro dia de programa. Pensei assim "oi mãe, oi pai, eu sou malandrona e ando de skate, mas juro que eu não chupo xoxota".
O tempo foi passando e eu fui vendo na Diana doses homeopáticas de mim e doses cavalares de uma amiga que eu tive e deixei o tempo levar. Diana me fez lembrar de histórias incríveis que eu vivi.
Ai a gente se afeiçoa. Tem aquela coisa da incompreensão da maioria. E aquela piada que a gente contou para uma multidão e meia dúzia de gente entendeu. E aquele dia que a gente acordou de mau humor, ou com TPM, ou triste, ou só quer ficar quieto num canto, rezando pra que ninguém abra a boca pra falar bobagem perto da gente.
Diana não odeia Maria e Wesley, como muita gente entendeu na sexta-feira. Daniel tampouco. Esse TOP 4 deve ter sido um dos melhores dentre as edições do programa. O que esse grande público que tomou dores e tá aí batendo no peito que eliminou Diana com 75% de rejeição (bem maior que a rejeição dos babacas misóginos) precisa entender é que tem 3 meses que essas pessoas estão confinadas. Em três meses a gente é incapaz de dizer que conhece alguém de fato, se não conviver 24 horas diárias com esse outrem. Mas rola essa intimidade, ainda que forçada.
Então convido para um pequeno exercício àqueles que não são ilhas e não vivem sozinhos. Pensem nas pessoas que convivem diariamente com você. Pais, irmãos, namorados, cônjuges, colegas de trabalho/estudo, tios, primos, avós, bichos de estimação, até. Você gosta e concorda com todos os hábitos dessas pessoas? Você abraça, beija, aperta e diz que ama todos eles todo dia, o tempo todo? Você nunca acordou pensando "se fulano fizer tal coisa hoje eu juro que mato e jogo pela janela depois de cortar a rede de proteção primeiro com uma faca, depois com uma tesoura"? Você gosta menos deles por que deixam a toalha molhada em cima da cama, o chinelo no meio da sala, a tampa do vaso levantada, cabelo no ralo do banheiro ad infinitum?
É incrível a dimensão do pequeno julgamento que a gente faz na ínfima representação da realidade que é um reality show na televisão. Pode ser que os babacas misóginos nem sejam tão babacas, nem tão misóginos. Pode ser que o sem noção que bebe e dança com o coqueiro quase nunca tenha tempo ou disposição suficiente de sair pra beber e perder a dignidade. Pode ser que a tapada nem seja tapada. Nem que a super-estrategista seja manipuladora. Mas a gente entendeu assim.
O que acontece num reality show não é mentira, não é roterizado nem nenhuma outra idiotice que a gente tenha ouvido por ai. O que acontece num reality show é resultado de um confinamento forçado com pessoas absolutamente estranhas. Nós não somos amigos de todas as pessoas que conhecemos na vida. Nem inimigos. Nós escolhemos as batalhas pelas quais queremos lutar e as pessoas a quem queremos nos aliar. E nada mais natural que isso aconteça nessa representação de realidade.
Diana fica assim, com status de amor eterno, amor verdadeiro. Entra para o time dos favoritos dentre as 11 edições do programa. Espero que Maria vença, para quebrar muitos tabus do programa. O tabu de que mulher não ganha BBB porque posa pra Playboy. O tabu de ganhar o mais "necessitado" (nesse caso o Daniel, que administra o asilo lá em Pernambuco). O tabu de que ganha quem fizer melhor o papel de bonzinho. Maria merece ganhar pra dar um colorido numa edição bem pastel do programa.

sexta-feira, 18 de março de 2011

What can you do when your good isn't good enough


Então que nesses tempos de BBB fica dificílimo falar de qualquer coisa que não seja BBB. De toda forma, Ryan Murphy taí esbofeteando a sociedade com a continuação da segunda temporada de Glee desde a volta no Superbowl.
Epsódios incríveis semana a semana, um epsódio especialmente bacana que mostra porquê Glee não é mais uma série musical infanto-juvenil (Blame it on the alcohol) e, então, as músicas originais.
Todo mundo sabia que um dia isso ia acontecer. Porque apesar de não ser mais uma série musical infanto-juvenil, tem muita coisa que pesa pra que ela atinja esse público. A turnê do elenco, por exemplo. Exala a vibe Highschool Musical, Camp Rock, Rebelde.
E, depois de abusar de Katy Perry e Bruno Mars, que também apelam para esse público teen, músicas originais poderiam ter sido um belíssimo tiro no pé. Porque apelariam para todo o sentimentalismo juvenil e nunca mais existiriam epsódios com cunho sexual, por exemplo.
Ai veio o décimo sexto episódio da segunda temporada dar mais aquele tapa na cara da sociedade com as músicas originais. Apesar dessa proposta ter acontecido no décimo terceiro episódio, quando a Rachel expõe ao grupo que eles precisam desse elemento surpresa.
Tivemos as pérolas My Headband, Only Child, Trouty Mouth. Big-ass Heart e Hell to the no. Mas as músicas da competição foram excepcionais. Get it Right, cantada pela Rachel, e Loser like me, cantada pelo grupo, são excelentes.
A Tats fez uma excelente observação - as músicas originais trouxeram de volta aquele Glee que fazia versões melhores que as originais, não iguais, como em algumas músicas. Fizeram a gente lembrar por que gostou de Glee no primeiro momento.
Sem dizer que Get it right andou abalando alguns nervos por aqui. Mas isso não vem ao caso...

domingo, 13 de março de 2011

Tchau definitívo, Feiorício


Já vai tarde para o Diabo que te carregue. Parabéns por ter rasgado o milhão e meio que poderia ter sido seu.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Deus existe!

A vida continua não sendo nada fácil, mas Deus provou sua existência tirando Digo e Janaína do BBB. Ok, todos dirão que não foi Deus, foi o povo. E outros ainda dirão que não foi nem Deus, nem o povo, foi o Boninho. Mas o importante é que eliminaram o cara mais insuportável da história dos caras mais insuportáveis e a mulher mais planta da história das mulheres planta.
Janaína decepcionou até na sua saída. Aqueles que esperavam aquele escândalo digno de Adriana Bombom quando foi eliminada d'A Fazenda, ficaram só chupando o dedo. Janaína provou que é o tipo despresível de pessoa que vive feliz e dá bom dia pro sol.
Esse blog anda meio de luto desse BBB desde a saída da Natália. Mas os amores mudaram um pouco. Diana continua sendo a favorita absoluta ao meu coração, mas apoiamos também Daniel, que conquistou corações depois da saída do Lucival, Talula, que tem sua estratégia bem marcada e Maria, que é burra e continua tentando pegar o Feiorício. Paulinha entra no time daqueles que amamos e odiamos em momentos alternados, junto com Jaque. Os demais são sumariamente odiados.
Então é isso. Vamos focar no TCC, que o BBB não vai garantir nenhum certificado de conclusão de curso, embora devesse.
Ninguém vai te possuir, seu lindo

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Daniel, não volte a ser despresível

Até algumas semanas atrás, o Daniel era aquela bicha chata que passava o dia inteiro falando mal de todo mundo e sendo feio na casa. Ou seja, aquele ser despresível. A amizade com o insuportável do Lucival ajudava o cara a ser babaca.
Mas Daniel começou a encher a cara nas festas, fazer pole dance no coqueiro, ficar xingando Robichão e, principalmente, era o único macho pra votar em Diogo em todos os paredões. Ou seja começou a conquistar corações.
Ai o sujeito ganha a prova do líder, tudo certo, tudo lindo e Talula vai lá pressionar ele pra votar na Paulinha. Já deu de cota para gordas sem sobrancelha nessa edição? Já. Mas Daniel deve mesmo indicar Paulinha só porque Talula quer?
Esse discurso da Talula "olha, eu defenderia você se o seu estivesse na reta, porque nós somos amigos", é chato pra cacete. Porque ela cria o sentimento de culpa no interlocutor que vai ficar pensando "porra, ela falou que me defenderia, somos amigos". Maria Fez isso com Paulinha e tivemos um anjo jogado fora com o Feiorício.
Daniel devia manter sua coerência de voto e continuar indicando o chato dos infernos. Ele não suporta o Gago. Ninguém que não seja Robichão e Feiorício suportam o Gago. Daniel indicar Paulinha agora é suficiente para "dar" a final para os três imbecis. E, querendo ou não, Paulinha corre risco de ir pela casa. É só fazer as contas direitinho.
Brasil te ama até você cagar no pau, hein

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Estragando o blog alheio

Bem, não contente em manter esse blog aqui falando de toda e qualquer bobagem que possa passar por esta cabecinha oca, fui convidada pela @universiotaria a colaborar com o Miu Cores e prontamente aceitei.
Depois que ela começou com o blog eu descobri que gostava tanto de esmaltes, unhas e nail arts quanto ela, só não tinha paciência para isso. Então achei bacana o convite e prontamente aceitei. E aqui está o meu primeiro post por lá.
Não é só porque a Tats é minha amiga e porque ela me convidou para participar da brincadeira que eu estou indicando o blog. É porque acredito mesmo no potencial da minha futura sócia e parceira no crime, uma vez que ela consegue parcerias incríveis para o blog, que é pequeno (por enquanto), mas é bem jeitosinho.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Quebraram o BBB

Não tem como não comentar a eliminação do amor da minha vida da Natália. Tá bem claro que o grande público é muito influenciável pela edição. Além disso é machista e todo o blablabla dito anteriormente.
A Patrícia certa vez disse que se Harry Potter fosse um reality show, Voldemort seria o primeiro eliminado. E, aparentemente, ela tem razão.
Ano passado a fazenda acabou nas quatro primeiras semanas. Eliminaram os principais concorrentes nas primeiras 5 semanas e depois ficaram só os plantas pra fazer figuração com os bichos. No BBB, a mesma coisa. Eliminaram primeiro Ariadna, que a essa altura do campeonato estaria tacando fogo no puteiro desse programa, depois eliminaram Maurício-na-minha-casa-todos-recicla-mas-somos-machistas, que foi uma eliminação correta. Mas Cristiano e Natália, bem como Ariadna, não deviam ter saído. Contribuiriam mais para o jogo.
Mais uma vez o que estamos assistindo é o atestado de burrice televisiva da população. 10 anos convivendo massivamente com o formato de reality show e não aprenderam nada. É aquela coisa de deixar a menina bonitinha e burra com o cara bonitão e machista pelo esteriótipo. A desculpa da afinidade é do público e não dos participantes. E assistir a um programa de figurantes.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

#FicaNatália

CASACOMIGOSUALINDA

Tá bem claro que o Brasil não tá preparado para uma mulher com leadership skills, Natália taí no segundo paredão seguido para comprovar. A questão é que a gente não pode deixar ficar um casal de samambaia na casa.
Voltar desse paredão pode trazer uma força que Natália tá escondendo (de si mesma, até), que tem. Como foi dito no post abaixo, é assinar atestado de burrice televisiva eliminá-la hoje.
As enquetes todas (UOL, R7, Yahoo!) indicam a saída da Natália. O Boninho no twitter disse que tava apertada a votação. Tenhamos fé.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Dianão e Natália

Todas quer, todas ama

Aí que finalmente pode rolar um casal lésbico e interessante no BBB e o povo quer tirar a Diana. Por que, meldels? Porque a Diana é muito mais inteligente que todos os outros na casa, e isso incomoda. E essa inteligência não tem nada a ver com QI, tem a ver com entender o BBB e não ficar de complô e tudo o mais.
Natália também é bem inteligente. E é militar. Em tese, ela teria um preparo psicológico muito superior a todo mundo na casa. Em tese porque ela tem se deixado abalar. Ela tem sido excluida de tudo e a única pessoa que fica do lado dela é quem? D-I-A-N-A.
Natália não está ameaçada. Diana está. E tirar Diana do BBB hoje é mais um atestado de burrice televisiva do povo brasileiro. Afinal ela não é má, não é aquela pessoa que fica comprando briga com tudo e com todos. Ela é bem na dela, para falar a verdade. Só reage quando provocada.
Enfim, Brasil. Vamos abrir um pouco a cabeça. O máximo que pode acontecer é a gente ficar nessa expectativa do casal lésbico e ele não rolar. Oremos.

Sobre Harry Potter - 4 de 7

Depois de salvar o padrinho que ele nem sabia que tinha, mas que ama pra caralho, Harry chega aos 14 anos e a adolescência não é nada fácil pra ele. Ficar lá trancafiado na casa dos Dursley até o Sr Weasley ir buscá-lo para assistir a final da Copa de Quadribol é um triste destino.
Mas ele vai pra final da Copa de Quadribol, a Irlanda ganha da Bulgária, rola uma aparição dos Comensais da Morte e toda uma palhaçada antes de eles voltarem para a escola. Chegando lá eles descobrem que naquele ano haverá um torneio entre três escolas de magia da Europa, conhecido como torneio Tribruxo.
O tempo passa, os alunos das outras escolas chegam a Hogwarts e começa toda a diversão do Cálice de Fogo, que é o objeto mágico que vai escolher os alunos de cada escola a participar do torneio. Alguma coisa estranha acontece nessa escolha e Harry é escolhido junto com Cedrico Diggory para ser o representante de Hogwarts.
Porque o que ele precisa é, mais uma vez, arriscar a própria vida. Segue-se toda a palhaçada habitual, tem as provas, tem o professor Moody que é esquisitão e é auror e é o novo professor de Defesa Contra Artes das Trevas e ensina para as crianças as Maldições Imperdoáveis e todo aquele blablabla.
Tem as tarefas do torneio. A primeira é passar pelo dragão e pegar o ovo de ouro. Claro que o dragão dele é o mais difícil, porque a vida não deve ser fácil para o moleque que tá marcado pra morrer. A segunda é resgatar no lago os amigos desacordados e a terceira é chegar ao centro de um labirinto encantado. O participante do torneio que chegasse primeiro ao centro do labirinto ganhava a competição.
Lógico que a dupla de Hogwarts chegou primeiro e, nobres que são, resolveram entrar no centro do labirinto juntos e ganhar o prêmio juntos. Ocorre que o menino Cedrico (que acabou virando o vampiro de Crepúsculo)levou a pior, porque não tinha o Pedro lá pra gritar que era uma cilada e ele morreu para virar o vampiro mais gay de todo o universo, amém.
Nessa ele tá num cemitério, onde surge o espectro do Voldemort e a galere já saca que coisa boa não pode surgir disso. Voldemort, smart que é, resolve usar o sangue do Harry para recriar seu próprio corpo e depois matar o garoto. Acontece todo o lance da ressurreição e volta o maior bruxo das trevas do mundo amém, ele chama todos os seguidores e fica aquela palhaçada até ele resolver matar o moleque de novo.
Então o tédio toma conta do lord das trevas e ele decide que é hora de matar o menino. Rola uma brincadeira de duelo e na hora que ambos soltam os feitiços a coisa toda da errada, nenhum dos feitiços funciona e todos os mortos do Voldy aparecem e ajudam Harry a fugir e levar o corpo do Diggory de volta pra escola.
Já na escola ele descobre que o professor Moody na verdade é um Comersal da Morte disfarçado com poção polissuco e que tudo não passou de um grande plano para que Voldemort pudesse usar o sangue de seu pequeno inimigo e matá-lo logo em seguida. Como sempre, no final Dumbledore explica tudo aquilo que não está claro e a história acaba com mais uma mensagem de esperança para os tempos difíceis que estão por vir.
Nessa altura do campeonato a trama começa a ficar tão elaborada que é perceptível que tem mais de uma pessoa escrevendo o livro. Vira tio uma novela. Tem o autor principal, no caso a JK, que dá a idéia geral da coisa toda do jeito que ele quer e tem a equipe de pesquisa que faz acontecer.
A trama já não é infantil, tem muito sangue, tem muita briga e muita coisa envolvida. Adolescentes curtem bastante a vibe do filme, mas a história fica mais interessante e mais clara para o público mais velho.
Continua

sábado, 12 de fevereiro de 2011

A dificuldade de sair da faculdade

Pois bem, começo hoje esse post deixando claro que ele será longo e massante, além de ser em primeira pessoa. De toda forma, gostaria que ele fosse lido até a última linha por quem se interessar.
Eu ouvia minha mãe e minhas primas mais velhas falando que o difícil não era entrar, era sair da faculdade e hoje tenho certeza que elas tinham razão. Quando eu cheguei na faculdade, no longínquo agosto do ano de 2007, muita coisa mudou na minha vida. Eu tinha trocado o que eu realmente queria para não ficar parada no tempo atrás dos meus amigos. Muita coisa estava envolvida nessa escolha pra mim. Principalmente meu orgulho.
Meus professores do colégio jamais reconheceriam aquela Laís que iniciou o curso de jornalismo na faculdade desconhecida em agosto de 2007 e nem a Laís que tenta concluí-la agora em junho próximo. A Laís que os professores do colégio reconheceriam nunca tirou uma nota abaixo de 9, nem nunca desistiu de uma coisa que realmente queria.
E eu queria ECA. Queria todos os méritos e todo o peso que o nome USP poderia ter no currículo. Pode soar bobo e até é. Eu acabei cedendo a pressão em casa, mas queria mesmo ter feito um cursinho e prestado vestibular de novo. Mas abracei a causa do Prouni e fui.
Como dito antes, a faculdade é sem nome. Ninguém nunca ouviu falar, o que dificulta muito minha vida hoje. O fator de não-conhecimento no mercado de trabalho. E dá para entender. É preferível contratar aquela pessoa formada na PUC, que tem milhões de anos de tradição que contratar a pessoa que pode ser competente mas que faz parte da terceira turma de formandos de uma faculdade que ninguém conhece.
Essa questão de fazer o nome de algum lugar, criar tradição, era uma motivação para mim no começo do curso, confesso. Era fácil ter orgulho da faculdade quando não tinha problemas com ela.
Não sou (fui) na faculdade a aluna exemplar que fui no colégio. Nem a aluna popular que fui no colégio. Na faculdade eu fiz amigos sim, se soa diferente o que eu digo. Mas não fui a team player que eu era. Na faculdade eu passei a ser solo payer. Para não atrapalhar a mais ninguém a não ser a mim mesma.
Não consegui conciliar bem trabalho e faculdade no primeiro semestre. Logo no começo do segundo eu pedi demissão de um emprego que me sufocava e nunca mais passei um semestre inteiro empregada. Mas também não passei mais um semestre inteiro desempregada.
Não estou aqui reclamando de emprego ou de desemprego. É uma questão de tempo, sei disso muito bem. Sei que chegará aquele momento em que dinheiro não será o problema, muito embora ele pareça apenas uma ilusão distante.
Estou aqui falando de esperança. A Laís que entrou na faculdade tinha uma esperança de mudar o mundo que era contagiante, além de comovente. A Laís de hoje está desesperançosa e a faculdade tem um peso grande nisso. Não, não é um desespero causado pelo TCC. É um desespero causado pela possibilidade de não conseguir concluir o curso agora, nesse semestre. É um desespero de pedir a misericórdia divina para ter forças para continuar brigando.
Tive muitos desapontamentos com a instituição ao longo do curso. Entendo perfeitamente que boa parte desses desapontamentos se dão pelo fato de eu pertencer a terceira turma de formandos, então a terceira turma modelo. Mas tem coisas que só acontecem comigo. Não, não estou me fazendo de vítima de perseguição. Falo como alguém que tem de lutar para não desistir.
Há dois anos atrás eu dei um foda-se na faculdade. Preferi manter um emprego mediano do qual eu me demiti no final do semestre em questão (o quarto). E as consequências disso me acompanham até hoje. Mas hoje eu tenho de implorar para poder concluir o curso. Por uma questão de organização da faculdade que eu nem quero comentar. Mas que torna mais distante de mim aquela outra que eu costumava ser aos 18 anos, acreditando que eu faria a diferença.
O fato é que eu só quero meu diploma para poder começar uma pós em algum outro lugar (do mundo) e viver um outro momento. E a faculdade está me impedindo disso. As aulas começam segunda-feira e nem matriculada eu estou, por uma questão de falta de organização. E vem o twitter da faculdade me mandar DM para eu ir conversar sobre meu descontentamento com o pessoal que faz as relações públicas. E tem minha mãe que, ao invés de me ajudar com o que ela faz de melhor (apelar para vias legais), quer ir na secretaria da faculdade discutir como se eu fosse uma criança mal-informada fazendo escândalo na secretaria do colégio.
Tá sendo bem difícil ser eu nesses últimos tempos, praticamente impossível, na verdade. E eu só queria e só precisava desabafar.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O BBB da BaBaBaquice

Taí uma edição do BBB que não emplaca. Só as plantas nesse programa, não tem nem como dizer que tá divertido. Mas vamos lá. Amores eternos, amores verdadeiros declarados por este blog: Diana, Natália e Jaqueline. Ódios: Daniel, Lucival, Janaína e Talula. Ódio com instintos assassinos: Diogo. Plantas: Adriana, Maria, Wesley e Rodrigão. Assimétricos: Maurício (que é dificílimo de entender por que voltou e por que vamos ter de aguentar esse sujeito ganhando o programa) e Paulinha (Babysauro).
Acontece que o público deveria ser proibido de votar em reality show. Porque já tá mais que claro que esse público não sabe votar. E esse BBB já tá marcado, né? Ganha o feioso que recicla lixo, fala sozinho e o amor deve prevalescer.
Diana tá jogando pelas beiradas, na dela, mas se destaca bem por ser muito mais inteligente que o resto da casa. Natália é esperta e é líder natural e assusta as pessoas, então acaba sendo excluida de qualquer formação grupal. Jaqueline tá tão na dela que só se nota a presença dela quando a Talula aparece para fazer complô.
O foda é que na primeira oportunidade de paredão, dependendo muito da formação, Diana, Natália e Jaqueline serão eliminadas. As maiores rejeições serão Daniel e Diogo. Conquistaram a apatia do público (aqui, inclusive) e não tem ninguém que possa salvá-los dentro da casa.
A questão do Diogo é: só por existir merece ser odiado. Animador de formatura em Porto Seguro e, depois que sair do BBB talvez não consiga manter nem esse emprego. Ou consegue, sabe Deus. A questão é que o cara grita o que quer, quando quer, com quem quer e não aguenta resposta. Fez aquele escândalo com a Paulinha (que é tão vítima quanto é gostosa, mas peralá, cadê respeito?), falou que faz e acontece e não aguentou ouvir nem da Paulinha nem da Diana que é machista, burro, escroto e afins. O cara acha bonito chamar todas as mulheres da casa de puta, chama a menina de puta gorda e depois dorme abraçadinho com ela. É o típico sujeito dono da razão universal (alô Diogo, Dourado tá pedindo a escrotice de volta).
E Daniel, bem. Bicha velha, dessas que não pega ninguém e só faz amizade com as outras bees pra saber as fofocas e aumentá-las em progressão geométrica. Quanto a ele, Diogo tem quase razão. Morde e finge que assopra. Quer ser querido por todos e acaba sendo aquele cara que só ocupa espaço e as pessoas só chegam perto por algum interesse.
O problema mesmo é Maria. O público machista e moralista que é, colocou o feioso de volta na casa para poder chamar a menina de vadia. O passado dela é indiferente. Então ninguém pode cobrá-la de coisa alguma, principalmente de moral e bons costumes. Ai chega o sujeito mais feio do universo e diz pra ela "você deveria ter me contado do seu passado". E fica a pergunta - PRA QUÊ?
A questão é a seguinte. O cara não liga de contratar uma profissional do sexo, sair com ela e foder ela do jeito que quiser, porque tá pagando. Mas o cara liga de chegar em casa com uma moça, apresentar para os pais e falar "essa aqui é fulana, é minha namorada e a gente se conheceu quando eu perguntei pra ela quanto era o programa". E é isso que o Maurício tá querendo dizer. "Oh pai, oh mãe, continuem reciclando o lixo e me perdoem, eu não sabia do passado dela, não vou mais chegar perto, prometo".
E esse BBB taí pra aflorar mais os preconceitos dos brasileiros, como o BBB passado tava para aflorar a ignorância. Dourado ganhou o BBB passado sendo machista, homofóbico e babaca. Maurício vai ganhar esse BBB sendo o menino do Rio, garoto bacana, sague bom, gente fina e pobre coitado que foi enganado pela puta. Porque é assim. Quanto mais mulheres um homem pegar, melhor. E a mulher é sempre puta.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Dance, dance, dance 'till you're dead


Então ontem rolou um Superbowl e, no começo desta madrugada, a volta em grande estilo de Glee, com epsódio especial e tudo. Como todo mundo sabe, o dia do Superbowl só não é mais importante que o Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, então epsódio especial de Glee depois do Superbowl não é pouca bosta. É só pra quem já passou das 30 enseadas e tal.
Aí a gente espera aquele epsódio normal de Glee, que por si só, já é bem foda. E vem um epsódio que espanca a sociedade, não é só aquele costumeiro tapa na cara. Porque tem tudo que precisa ter - Sue enlouquecida, Quinn, Mercedes e Brittany largando as Cheerios, Rachel fazendo número fofo com Puck pra causar ciúme no Finn e... Thriller.
Todo mundo sabe que, em um momento ou outro, eles acabariam fazendo um especial Michael Jackson e que os clássicos não ficariam de fora. E todo mundo também sabe que Thriller virou um clássico do Superbowl. Aí vem Ryan Murphy e junta Heads Will Roll e todos indie chora. Porque ninguém nem tinha esperança de ouvir nada que não fosse extremamente pop na trilha de Glee, e nessas surge a bofetada ao som de Yeah Yeah Yeahs.
A única crítica que deve ser feita é - essa escola só ganha um jogo de futebol se dançar? Tá na hora de Ryan Murphy rever seus lugares comuns, porque ele tem ai mais 33 epsódios garantidos (11 ainda na segunda temporada e 22 na terceira) para inovar. E cadê a Emma? E o Finn e a Rachel? Eles tem de ficar juntos, porra. Fica a dica para Ryan Murphy. Fuja dos seus lugares comuns.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

E por falar em BBB

Uma coisa que é impossível de entender todo ano no BBB é eliminação. É aquela coisa, Nego taí há 10 anos curtindo o formato maravilhoso de reality show e sempre tem a guerra da eliminação. Fica difícil entender o que é que se passa na cabeça das pessoas na hora de votar pra eliminar alguém.
Nesse BBB, por exemplo: eliminação 1 - Ariadna. Totalmente equivocada. Não, não é porque a Ariadna era transexual e todo mundo tava no #teamariadna. É porque ela era a personagem mais polêmica que a casa poderia ter. Mais uma vez, não era polêmica porque cortou o pinto. Era polêmica porque era capaz de fazer qualquer faisquinha virar fogo e, assim sendo, poderia ter sido a barraqueira do BBB11.
Mas quem vota na eliminação do BBB certamente não é quem comenta, principalmente quem comenta na internet. Porque não tem outra explicação. Nega libera todo o potencial Adriana Bombom numa possível eliminação (aka Janaína) e o povo elimina a Ariadna. E não dá pra dizer que ela não foi eliminada por preconceito, porque foi sim. Brasileiro ainda é um povo machista e limitado.
Na segunda eliminação, por mais apertada que tenha sido, a escolha não podia ter sido melhor. O Maurício é feio demais para estar na tevê e isso por si só já era motivo suficiente para ser eliminado não fazia diferença no jogo. Tava lá pegando a Maria (que também não fede nem cheira), fazendo uma amizade, reciclando um lixo, todo maroto, todo menino do Rio. A não ser que ele se mostrasse um grande estrategista num futuro remoto, poderia perfeitamente ter feito mais umas semanas de figuração na casa.
O Gago é insuportável e faz coreografia pra tudo. Mas ele é atrapalhado e consegue adquirir todos os desafetos imagináveis na casa. Pode acabar sendo um grande barraqueiro nesta edição, mas não deve durar muito muito mais que um mês e meio na casa.
Agora veio essa eliminação dupla e né? Rodrigo ou Rodrigão não faria diferença nenhuma a ordem dos fatores. Rodrigão é gato e deve ter os músculos da face atrofiados, porque é incapaz de produzir uma expressão. Rodrigo é pouca cabeça pra muito corpo. Mas também não fazia diferença na casa. Teve lá um affairzinho com Talula e esse foi o máximo que conseguiu de destaque na edição. Impossível entender por que queriam tanto que ele ficasse.
Entre as mulheres tinha a Maria, que não fede nem cheira, que nem o feioso que ela tava pegando. E a Vesga. Que é a pessoa mais odiada em um BBB (por mim) desde Solange Iarnuor e Lia-Olha-No-Meu-Olho(-do-cu), de quem, inclusive, ela é trutona do flogão e da Cohab. Ela consegue ser a pessoa mais detestável de todas as edições do programa, fácil. E nem é vesgofobia. É o "eu vou me fazer de boa moça e vítima e o caralho a quatro".
Esse negócio de fazer a boa moça/vítima deu certo com Francine e Ana Chatolina. Mas ninguém aguenta gente muito chata muito tempo. Se ela durasse no programa, seria eliminada com uma percentagem muito maior de rejeição e faria o que? Faria o programa ficar insuportável. A eliminação dela nessa terceira semana foi bastante pontual pra que ela consiga fazer uns eventos a 5000 reais durante uns dois anos. Foi muito melhor pra ela do que ela mesma é capaz de imaginar.
Nesse próximo paredão, deve sair Igor. É outro que passa despercebido pelo programa e não duraria muito mais que isso mesmo. Até entende que o programa ali é estratégia, mas não aprendeu ainda a jogar. A Diana, por mais que não tenha conquistado o amor do público, tá lá no jogo individual dela. Coletivo pra Diana só em festa e prova da comida, e ela tá mais que certa. O erro agora seria eliminá-la. Mas, como no futebol, eliminação de BBB é uma caixinha de surpresas.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A história da minha vida num diálogo telefônico.

Telefone tocando insistentemente. Cinco chamadas perdidas depois o telefone é atendido.
- Oi. (o tom é calmo, porque ela não tem culpa de nada)
- Oi amor. (ela insiste em me chamar de amor. Em dias como este isso é extremamente irritante).
- Diga.
- Por que você demorou tanto para atender?
- Tava no banho.
- Ah... fazendo o que?
- (Pensando em outra) Bom, no banho a gente lava o corpo com sabonete, o cabelo com shampoo e condicionador e depois se seca com uma toalha.
- Hehe... tá bem?
- Tô sim e você?
- Tô.
- Diga.
- O que?
- O que você ligou pra dizer.
- Ah, nada, queria ouvir sua voz.
- Achei que fosse importante, cinco chamadas perdidas.
- Ah não, só queria saber se você estava bem e ouvir sua voz.
- Tô bem. Olha, podemos falar mais tarde, vou secar o cabelo.
- Tá bom.
- Beijo, tchau.
- Bei...
Desliga o telefone antes dela resolver falar mais alguma coisa.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Uma merda chamada FACULDADE

Então quando você é criança, você pode escolher várias coisas que quer ser quando crescert, porque esse futuro é tão distante que você nem precisa se preocupar. Ai chega a adolescência, o ensino médio e, por fim, o vestibular. E é nessa hora que você decide o que quer ser.
Como foi dito no outro post, ninguém é mais prepotente em relação ao conhecimento que possui que calouro de faculdade. Calouro de faculdade é tão pretensioso que acha que está acima da carne seca, do bem, do mal e de quem mais estiver acima do nível da terra. Calouro discute acaloradamente aquela passagem d'O Capital que ele leu, certo de que tem mais razão que o professor de sociologia que estudou aquela porra daquele livro a vida inteira.
Conforme o tempo vai passando e a faculdade deixa de ser puramente intelectual e passa a ser mais prática e mais trabalhosa (porque na faculdade a gente não tem tempo pra fazer "lição de casa" e só faz os trabalhos mais importantes, aqueles boboquinhas que valem só o meio ponto que fode vidas no final do semestre, ninguém faz), as pessoas vão perdendo o tesão todo da coisa e querendo logo que aquilo acabe pra poder ter aquela vida previamente citada no post também citado acima.
Ai chega o momento crucial da faculdade, a prova de que você tinha se fodido pouco até então - a monografia/o trabalho de conclusão de curso (aka TCC). Pois é, caro universitário dos primeiros anos de faculdade, você não sabe o que é se foder porque ainda não chegou a(o) monografia/TCC. Tem faculdade que exige monografia, que é aquela tomada no cu solitária, mas que você pode fazer o que tiver vontade. Tem faculdade que exige TCC, aquela tomada no cu comunitária, onde você é obrigado a trabalhar em grupo e fazer o trabalho mais chato do universo porque geralmente não é sua idéia que o grupo aprova. E tem faculdade que masoquista, que não basta meter no cu do pobre aluno, tem de ser dupla penetração, então exige monografia E TCC.
O que é o caso da faculdade mais sem nome que você é capaz de conhecer na história da sua vida*. Então monografia foi dividida em quatro artigos, dois que são entregues no sétimo semestre e dois que são entregues no oitavo semestre. E tem o TCC. No sétimo semestre rola toda aquela punhetagem do tema, pra todo mundo resolver fazer a mesma coisa.
TCC destrói amizades. Mesmo. Aquela pessoa que você adorava, com quem sempre fez trabalho em grupo passa a te dar engulhos. Porque ela tem as idéias mais estapafúrdias do mundo e você é obrigado a compactuar com aquilo, mesmo discordando. Porque o mundo é assim, no trabalho você também é obrigado a compactuar com as idéias estapafúrdias do seu chefe se quiser manter o emprego.
Ai chega o último semestre e ele vira aquela corrida contra o tempo na conclusão do curso, porque o TCC é isso, meu povo. Você passa um semestre inteiro punhetando aquilo, planejando e, quando vê, perdeu 8 meses fazendo planejamento e tem só 3 meses pra entregar aquilo pronto.
O que nos mostra também que planejamento é a pior coisa que um ser humano pode fazer na vida, principalmente se for na vida acadêmica. Simplesmente porque você decide que na semana um vai ler um livro de 100 páginas e na semana dois vai ler um livro de 500. E você não lê nem um, nem outro, o que atrapalha todo o planejamento da meta seguinte.
Desta forma a dica de hoje, amiguinhos, é simples - escolham bem o curso e a instituição que vão fazer parte da sua vida e marcar (ou sujar) seu currículo. Optem não pela mais barata ou mais fácil de entrar, mas pela que tem uma média razoavelmente baixa, que não te exija 8 para passar e que exijam só um tipo de trabalho de conclusão de curso. E sempre optem pela que exige monografia. Mais fácil ser engajado naquilo que realmente desejou fazer do que ser empurrado no limbo do desgosto eterno.

*Média 8 para aprovação nas matérias. Total desorganização. Total falta de credibilidade, uma vez que faz coisas que dizia não fazer. Propaganda enganosa. E fica do lado do hospício. Mas se sua vida precisa de emoção, vai estudar lá.

Sobre Harry Potter 3 de 7

Voltando a programação normal, depois de uma explicação breve de por que BBB é válido. Porque Harry Potter foi minha adolescência e eu ainda não consegui me desvencilhar dele.
De toda forma, no primeiro livro a gente descobriu que o Voldemort matou os pais dele mas ele sobreviveu. Nunca entendemos por que ele foi logo atrás dos Potter, com tanto bruxo do bem por ai, mas pensa bem Rony Weasley ou Draco Malfoy ou ainda Nevile Longobottom (que mais tarde entenderemos que poderia ter sido) não seriam bons títulos para uma saga de livros fantasiosos que começam infanto-juvenis e vão ficando complidaos demais para crianças. Ainda no primeiro livro ele salva a Pedra Filosofal e impede o retorno do Voldemort.
No segundo livro as coisas já não começaram bem porque o molequinho da cicatriz de raio sofreu uma série de impedimentos para voltar pra escola e, ainda assim, conseguiu voltar. Houve uma série de ataques que todos achavam que ele era o responsável e, no final, ele conseguiu impedir mais uma vez o retorno do Voldemort.
Chega então o terceiro livro e começa com a fuga de um prisioneiro perigoso de uma prisão. Isso foi noticiado no mundo dos trouxas e o que é um perigoso prisioneiro trouxa quando existem bruxos, não é mesmo? Mas o prisioneiro em questão era Sirius Black e ele fugiu da prisão bruxa de Askaban.
Ai depois de uma briga na casa dos Dursley que rendeu a Harry a não autorização para que ele fosse ao povoado de Hogsmeade quando voltasse a Hogwarts, ele foge de casa e vai para o Beco Diagonal no ônibus estranho dos bruxos, mas não sem antes ver um cachorrão preto.
Fica por lá curtindo um fim de férias bastante agradável, descobre que os Weasley ganharam 1000 galeões numa loteria e foram para o Egito. Depois dessa viagem, os Weasley vão também para o Beco Diagonal e também aparece a Hermione. Ela resolve comprar um gato laranja que ninguém gostava na loja de bichos. No Beco Diagonal ele descobre que o tal Sirius Black tá atrás dele para matá-lo, porque era um servo fiel de Voldemort.
No caminho de Hogwarts eles ficam no compartimento do professor Lupin, o novo professor de Defesa Contra Artes das Trevas e aparecem também os dementadores, que são os guardas da prisão de Askaban e sugam toda a felicidade dos seres humanos. Mas só o Harry desmaia quando eles aparecem, porque a gente conhece todo o potencial gaydacu do menino que sobreviveu.
Beleza, tudo ok na escola, o professor Lupin vira o preferido de todos (TODOS AMA), ele começa a ensinar o Harry a se defender dos dementadores, mas o moleque ainda não podia sair da escola e ir pra Hogsmeade enquanto todos os seus amigos iam. Os gêmeos Weasley então dão para Harry o Mapa do Maroto.
Com o mapa ele sai da escola, vai curtir uma visitinha em Hogsmeade e acaba descobrindo que o tal Sirius Black era o melhor amigo do pai dele e, consequentemente, seu padrinho. Com toda a revolta harrypotteriana que ele é capaz, fica emburradinho, mas logo passa.
Um dia ele vê uns dementadores quando está jogando o quadribol nosso de cada dia e cai da vassoura. Depois ele ganha uma vassoura nova, a melhor vassoura do mundo, mas como ninguém sabe quem mandou aquela vassoura, ela é confiscada pela professora McGonagall.
Esse é o livro mais parado do Harry Potter, mas também é o mais legal. É o começo do fim da vibe infanto-juvenil. Tanto que depois disso, pouco acontece, até o momento em que o hipogrifo Bicuço é condenado a morte porque Malfoy foi sacana. Ai o cachorrão reaparece, leva o Rony junto com o rato dele para o buraco da árvore que revida e lá a gente descobre que o cachorrão é o Sirius Black, o rato é o Pedro Pettigrew, o professor Lupin é lobisomen e o Sirius nunca traiu os pais do Harry.
Sugestionável ao amor como esse menino Potter é, ele logo acredita nessa história toda e já ama o tal do Sirius.
No fim do livro Harry e Hermione voltam no tempo e salvam Bicuço que foge com Sirius e todos ficam felizes de novo. A história é paradona mas é bem elaborada e já dá pra perceber que a JK Rowling já não tá escrevendo aquilo sem ajuda de uma equipe bacana de pesquisa, mas nos livros seguintes isso fica ainda mais claro.
Continua

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Grande Irmão Brasileiro

Então nós vamos dar uma pausa no Harry Potter para dar uma espiadinha. Os posts sobre Harry Potter ão de voltar, mas o de BBB serão tão numerosos quanto os de Glee, por exemplo. Tudo porque quem não gosta de BBB, bom sujeito não é.
Muito embora há quem diga que existam assuntos muito mais relevantes que o BBB - e provavelmente existem - como a tragédia da região serrana do Rio de Janeiro, mas essa é uma questão onde a gente deve mais se preocupar em ajudar do que ficar na internerds falando como foi catastrófico e como as autoridades devem repensar o planejamento urbano de áreas montanhosas.
De toda forma, vamos lá dar uma espiadinha no reality show mais amado/odiado do país. Lá no ano de 2001, um tempo longínquo onde não existia DVD nem - GRAÇAS A DEUS - inclusão digital, o nosso AMADO Silvio Santos teve a genial idéia de importar um modelo de muito sucesso na Holanda, que vários países já haviam adaptado também, chamado Big Brother. Só que o Silvio Santos é genial e colocou aquela galera que ainda tinha alguma fama na casa.
Ai rolou um love entre Bárbara-Scarface Paz e Supla, que não dá pra zoar mais que isso porque ser o Supla já é zoado DEMAIS, então a gente releva. Aí o que a dona Globo fez? Comprou os direitos do Big Borther, claro.
Então no ano de 2002 começou a famosa espiadinha. TODOS ASSISTE ao BBB naquela época. Tinha um elenco interessante, tipo o Adriano, que ninguém lembra, mas era o bahiano intelectual que marcou a história do BBB quando deu o nome de PAREDÃO para a berlinda de eliminação dos participantes. E ele chamou de paredão com todo aquele contexto histórico da Segunda Grande Guerra sobre o Holocausto e tal. Mas é óbvio, ninguém lembra disso e tem uma porrada de gente que não tem nem noção do que foi o Holocausto e isso é um blog de futilidades e não de história, minha gente.
Só no ano de 2002 nós tivemos duas edições do BBB. Erro crasso que a Record cometeu com a Fazenda nas duas primeiras edições. Por que? Porque reality show é pauta temporal, com data pra começar e pra terminar. A população pode assistir 4 reality shows diferentes num ano, cada um com 3 meses de duração. Mas jamais assistiria 4 vezes num ano o mesmo reality show. Questão simples de indústria cultural.
Então coisas que a gente deseja todo final de ano - que as festas não tenham nos engordado tanto quando a gente tem certeza que engordou e que o elenco do BBB seja polêmico. Ai você é intelectual e diz que não assiste BBB porque não faz parte da massa acéfala da população que curte ver a degradação humana na televisão. Você não é intelectual, você é babaca. Ou você é pior, como uma certa ex-namorada que diz que não assiste ao BBB porque as pessoas não sabem nem do que se trata o conceito do Grande Irmão. E nessas pessoas ela está inclusa, porque também não leu 1984, mas tamos aí pra falar bosta.
O BBB leva a alguma coisa? Deve levar pra quem tá lá dentro, concorrendo a um prêmio, ganhando um lugar de 15 minutos na área vip do Sol. E pra quem tá aqui fora, não dá? Não, não dá. Mas a gente se diverte de assistir Provas do Líder com merchands mal feitos (Guaraná Antártica e vergonha nacional, a gente vê por aqui), os paredões que ninguém ninguém entende como é possível que as pessoas ainda não tenham aprendido a votar em reality show e as festas cheias de escândalos e degradação humana, como diz uma amiga.
Em suma - você não é superior por não assistir reality show. Você é um babaca autoexcludente, que vai passar 3 meses sem ter uma conversa decente nem no boteco, porque no boteco a galera gosta de comentar o tempo, a semana de trabalho, a novela e o BBB. BBBeijos.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Sobre Harry Potter - 2 de 7

Então depois de todo aquele alvoroço pra salvar a Pedra Filosofal e ganhar a Copa das Casas, o chato do Harry tá lá na rua dos Alfeneiros choramingando a vida dele ser tão ruim mesmo ele sendo um dos bruxos mais famosos do mundo todo. Tudo isso porque os tios trouxas não deixam ele sair do quarto e tal. Aí começa o segundo livro - Harry Potter e a Câmara Secreta.
Ai rola uma visita na casa dos Dursley de um cara que ia fechar um grande negócio com o Tio Válter, mas aparece também um elfo doméstico, que parece um gremilin e faz um magia pra impedir que o Harry volte pra escola, o Dobby.
Beleza, ele recebe uma carta do Ministério da Magia, dizendo que ele não deveria ter feito a magia que o elfo fez e, ainda por cima, fica de castigo. Então o Rony chega com os irmãos dele num Ford Argélia voador e sequestram ele da casa dos tios.
Ele vai pra Toca, que é onde a casa do Rony e fica lá o resto das férias. Então tem o dia que eles vão no Beco Diagonal comprar material escolar e lá encontram os Malfoy, que no meio de uma confusão na livraria, conseguem passar pra irmã mais nova de Rony um diário velho.
Chega o dia de voltar pra escola e quando o Harry e o Rony tentam passar a barreira da plataforma nove e meia, ela está fechada, então eles tem a brilhante idéia de ir pra escola no carro voador do pai de Rony.
A viagem é bacana, afinal dois moleques de 12 anos viajando num carro voador não tem como ser ruim. Quando chegam na escola, eles batem o carro numa árvore que revida até quebrar a varinha do Rony.
Eles tomam uma detenção, o carro some, a vida volta ao normal e segue assim até que o Harry começa a ouvir uma voz que ninguém mais ouve na sala do professor bonitão (o Lockhart). Ele conta pros truta (Rony e Hermione), mas eles acham estranho ele ouvir vozes.
O tempo vai passando, aparecem umas mensagens escritas dizendo que a Câmara Secreta foi reaberta, que os inimigos do herdeiro de Slytherin (o criador da Sonserina) deveriam ter cuidado. O Malfoy começa a se empavonizar dizer que deveriam morrer todos os sangues ruins, ai o trio maravilha de Hogwarts resolve fazer uma poção muito complicada para descobrir se ele era o herdeiro de Slytherin. E começa ai uma série de ataques que petrificam as vítimas, por sorte, pois poderiam ter sido mortas mas, por sorte, só ficaram duras.
Eles fazem a poção num banheiro de meninas interditado porque tem uma fantasma lá que fica chorando e enchendo o saco de todo mundo. E lá a poção polissuco fica pronta e resolvem se transformar nos capangas de Malfoy e descobrem que ele não tem nada a ver com os atentados.
Os ataques continuam, o Harry continua ouvindo vozes. Eles descobrem que o Harry é capaz de falar com cobras num clube de duelos, onde o Harry aprende seu mais importante feitiço e a vida segue até que ele encontra o diário de Tom Riddle, que era um monitor bonitão que diz ter encontrado e faz quem abriu a Câmara ser expulso, no caso o Hagrid por causa da aranha gigante.
Chega o ataque final e o monstro leva a irmãzinha do Rony para dentro da Câmara. Eles descobrem que a Câmara fica na torneira do banheiro que a fantasma da menina chorona ficava e que a menina tinha sido a vítima do monstro.
Harry e Rony entram na Câmara com o professor Lockhart. A Hermione não vai porque está petrificada, mas ela e o Hagrid, que foi acusado e culpado da última abertura da Câmara, ajudam a entender que o que tem lá dentro é um basilisco, que é uma cobrona gigantesca.
Lá dentro rola uma desmoronada e só o Harry consegue seguir na Câmara. Lá ele encontra a Gina, o diário e o Tom Riddle, quase vivo. Ai ele descobre que o Riddle é o Voldemort adolescente. Harry luta com o basilisco, surge a fênix do Dumbledore com o chapeu que vai soltar a espada do Gryffindor, e ele mata o basilisco, detona a o diário com uma presa do basilisco, matando o Riddle quase vivo e volta pro gabinete do Dumbledore, como se nada tivesse acontecido.
Rola ainda uma poção que despetrifica a galera que tava durona e acaba o livro tudo lindo de novo, ele até consegue que o Dobby seja libertado da família a qual servia, os Malfoy. A Câmara Secreta é ainda bastante infantil, mas já é bem mais elaborado, com tudo o que acontece.
Continua

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Sobre Harry Potter - 1 de 7

ATENÇÃO: ESSE TEXTO É PURO SPOILER

Então alguém resolveu reler a série dO-Menino-Que-Sobreviveu (nick legal pra batepapo UOL, hein) depois de assistir duas vezes às Relíquias da Morte pt.1. Não que os filmes sejam obras-prima do cinema mundial, mas exigiram esse esforço de lembrar exatamente o que acontece em cada pedacinho da saga. E para lembrar não existe nada melhor que a letra escrita.
Fazendo um apanhado rápido, resumão mesmo da história, acontece que o Harry Potter sobrevive à maldição da morte, o Voldemort (Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado) perde os poderes e vira mais ou menos uma alma penada, ele é criado pelos tios trouxas, até os 11 anos, quando um semi-gigante diz pra ele que ele é bruxo e ele vai pra Hogwarts. E cada um dos seus anos em Hogwarts (que são 7, por isso 7 livros) ele tem de enfrentar Você-Sabe-Quem de uma forma diferente.
Uma coisa que é difícil entender é como esse menino é facilmente influenciável. Porque qualquer um chega nele e conta uma história e rapidamente ele acredita e toma essa história por verdade absoluta da vida dele. Mas vamos por partes.
No primeiro livro (Harry Potter e a Pedra Filosofal), tudo começa com uma algazarra de gente esquisita na rua dizendo que Você-Sabe-Quem caiu e que até os trouxas, como Válter Dursley (aka Tio Válter) deveriam comemorar a vitória do Menino-Que-Sobreviveu.
Ai o Professor Dumbledore encontra a Professora McGonagall no muro da casa dos Dursley (rua dos Alfeneiros, 4), em forma de gato com marcas quadradas nos olhos e diz que o Hagrid tá chegando logo na Cohab trazendo o pequeno Harry na moto voadora do Sirius. Beleza, deixam o moleque na porta dos Dursley, que odeiam qualquer coisa relacionada a magia e esperam que ele seja bem cuidado até os 11 anos, quando ele recebe a carta de Hogwarts.
Então os Dursley não deixam ele ler a carta, na esperança de que ele não vá pra escola e deixe de ser bruxo, mas a carta continua perseguindo ele até que o Hagrid entrega ela em mãos no dia do aniversário de onze anos dele.
Ai ok, chega um mano de uma altura sobrenormal, carregando um guarda-chuva rosa que faz magias e diz pra ele "olha menino testa de raio, você é bruxo, tem um lugar reservado na escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, seus pais eram bruxos, foram mortos por um demente sedento de poder e você sobreviveu com essa cicatriz ai na testa" e o moleque acredita de primeira e já considera o mano melhor amigo dele! Assim não dá.
Então ele vai pra escola, num trem que fica na plataforma nove e meia e conhece um menino ruivo, sardento que é de uma família tradicional de bruxos e eles já viram melhores amigos pra sempre, sendo ele famoso ou não, e ele já faz inimizade com o menino louro prateado porque ele tem nariz de cheira-bosta. Meio preconceituoso do menino cabeça de raio, mas beleza.
No decorrer do livro ele percebe que fazer bruxarias com a varinha é mais difícil do que parece e tem também o inconveniente da Pedra Filosofal, que está escondida na escola e tem alguém tentando roubá-la. E o danado do moleque é intrometido o suficiente pra querer defender a propriedade alheia de alguém muito mau.
Ele descobre que o mano que matou os pais dele e tentou matar ele também tá habitando o corpo do professor gaguinho e que vai tentar matá-lo novamente porque ele é intrometido. No final das contas, quem morre é o professor, a alma penada foge, ele salva a Pedra e o livro acaba com todos felizes novamente e indo pras férias de verão.
Ou seja, ele passou o livro inteiro se fudendo pra acabar tudo lindo. Bem se vê que era histórinha de criança nessa época.
Continua