domingo, 26 de dezembro de 2010

Re (In) trospectiva 2010

Duas coisas não podem mudar nunca - Natal tem de ter peru e Páscoa tem de ter bacalhau. Quer acabar com a ordem natural do mundo e introduzir a (minha) vida a entropia, basta eliminar uma dessas coisas.
Ai que esse ano [insira tom irônico] maravilhoso [/insira tom irônico] que foi 2010 passou rápida e doloridamente. Na escala dos anos filhos da puta, 2010 vence 2008 e 2004 com folga.
E o foda de 2010 é que ele começou marotíssimo. Dando a entender que ia ser o melhor dos anos da última década, desde 2000, que foi o melhor ano desses 22 passados aqui na companhia desses mortais.
2010 começou com o emprego quase dos sonhos (porque o salário podia ser um pouquinho melhor), com a viagem de Carnaval garantida e com a certeza que as durezas de 2008 e 2009 iriam se amolecer aos poucos. Logo em fevereiro 2010 mostrou que veio pra foder. Acabou o emprego quase dos sonhos, a viagem de Carnaval, que durou 5 dias cheios de cor acabou numa quarta-feira literalmente cinza, seis meses de desemprego surgiram, a faculdade resolveu mostrar o que era foder a vida do universitário de bem com 11 matérias e absolutamente tudo deu errado.
Na outra metade do ano, houve uma certa misericórdia divina: quanto mais rápido se rezava para o tempo passar, mais rápido ele passava. Os dias tinham 15 horas. O subemprego exigia que se trabalhasse por 16. Mas você topa qualquer subemprego com salário razoável depois de seis meses de desemprego.
Aí sempre tem alguém que não tem do que reclamar da vida pra dizer que o ano foi maravilhoso. Porque suas contas estão em dia, seu emprego deve ser bom, sua cerveja está gelada e sua mulher domina a arte do sexo oral. Agora se essa pessoa estivesse devendo até os fios de cabelo, desempregada, sem cerveja pra tomar e ninguém dando aquela chupadinha amiga, não teria essa impressão cor-de-rosa de 2010.
Ai chega essa época e tudo o que se pode pedir é que Papai Noel lembre-se que você se fodeu o ano inteiro e te recompense. E pede-se também 2011 comece com chuva. Tempestade. Tanto faz se real ou figurada. 2011 tem de chegar lavando a alma, limpando a gente de tudo o que foi e/ou continua sendo ruim. E que venha em vendaval. 2010, pode ir embora. Sem nem olhar pra trás. Já vai mais que tarde.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Crescer dói

O único problema entre acordar e ir dormir é o tempo que existe entre essas duas ações. Quando a gente é criança, mal vê a hora de ser grande. Na adolescência, a gente quer ser livre. Quando chegamos na fase adulta, a gente é grande e livre, mas sofre que quer ser criança de novo, não ter de se preocupar em pagar conta nem em ter de trabalhar, nem com faculdade, nem com relacionamentos que não dão certo e qualquer outra delícia da vida adulta.
Se você chegou a vida adulta e resistiu aos encantos do cartão de crédito e do cheque especial quando as coisas ficaram apertadas, parabéns, você é uma exceção. Ou pelo autocontrole, ou por ser rico e quando se é rico não existem momentos apertados, você pode ir de Havaianas para a faculdade no seu carro importado que seu pai comprou e ficar tomando cerveja no Max e acabando com o estoque da Papelaria Universitária (#ressentimentofeelings com alunos da ESPM e Belas Artes).
Acontece que na vida adulta, você passa por alguns momentos que podem ser definidos assim: quando seus pais mandam você parar de vagabundagem e procurar um emprego, quando trabalho e faculdade não conseguem coexistir, quando você precisa abrir mão de alguma coisa em prol de outra que possa ser melhor.
E funciona assim. A primeira fase é logo que você fez 18 anos, tirou a habilitação e entrou na faculdade. Seus pais dirão que você não está mais no ensino médio e esse negócio de dormir até tarde e ir pra faculdade a noite não dá, então você precisa trabalhar.
Provavelmente você não tem experiência em absolutamente nada, então vai topar qualque subemprego que te mantenha com, sei lá, 700 reais por mês, até que você consiga trocar esse subemprego por um estágio. Mas não é todo mundo que consegue trocar subemprego por estágio, então não desanime se você fizer parte daqueles que não conseguem (eu nunca consegui), você deve ser subqualificado ou arrogante demais. De toda forma, estágio também é um subemprego, mas é na sua área, então você engole sapos porque vai tirar mais frutos futuros de um estágio do que daquele emprego meia-boca no shopping (mas pode ser no telemarketing, que é o futuro de toda a nação).
A segunda fase funciona assim: você precisa manter uma certa pose na faculdade, porque todo mundo te acha bem inteligente, isso porque você ainda não passou do quarto semestre, então você se mata para conseguir trabalhar bem, manter notas acima da média da faculdade e ter vida social. É nesse momento que você assassina sua saúde.
Você passa a comer mal, dormir pouco, apagar no transporte público (se você é pobre e não tem um carro onde você pode dormir no volante e bater o carro), confundir trabalho e faculdade e invejar aquelas pessoas que moram na puta que pariu e chegam na aula mais cedo que você, aparentando estar mais tranquilas e mais dispostas que você e tendo notas melhores que você. Com isso você começa a adquirir exames, dependências e gastrite nervosa.
Na terceira fase você decide que não quer mais subemprego, não quer mais se foder na vida, nem na faculdade e começa a abrir mão de tudo. Você só quer que a faculdade acabe logo e quer ter um emprego que você goste o suficiente pra não lamentar todo dia ter de ir trabalhar e que você ganhe um salário honesto, com um VR decente pra poder almoçar todos os dias e ir comer fora nos finais de semana com sua (seu) namorada(o).
Você já chegou a conclusão que não é a pessoa mais genial do mundo, perdeu a prepotência que você tinha de discutir filosofia com seu professor livre docente (baseado em fatos reais), tudo o que você quer é ter o nome limpo, um salário que dure pelo menos 15 dias e dormir até tarde no final de semana.
Nesse momento, sua vida vira de ponta cabeça e você desconta toda sua raiva nas pessoas que estão ao seu redor. Você se afasta delas, elas se afastam de você e sua vida tá mais que na merda.
Ai todo mundo tenta te acalmar dizendo que isso vai passar, daqui a alguns anos, sem saber que você tá tão fudido que não vê um futuro tão distante. O mais distante que você consegue ver é daqui a quantas horas você vai dormir, e olhe lá.
O fato é que essa visão pessimista assombra minha vida há 4 anos, quando eu fiz 18 anos e jogaram essa bomba da adultice em mim sem eu estar pronta. Mas dizem que isso passa. ou não.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Doutor, eu não me engano...


É impossível entender por que as pessoas odeiam tanto o Corinthians. Mesmo. Porque como todos os anti-corinthianos dizem, nem estádio oficial o Corinthians tem, apesar do agregado Pacaembu. Ninguém considera o título internacional do Corinthians válido, apesar de ele ser válido. E o Corinthians nunca conquistou uma Libertadores da América, seu calcanhar de Aquiles.
E apesar desse fatos todos que torcedores de outros times insistem em apontar, todo mundo odeia o Corinthians. E a possível explicação pra isso (a meu ver, claro) é a Fiel Torcida. Não existe torcida mais doente apaixonada que a Fiel.
Série B? Sim, passamos por ela. E a Globo comprou os direitos de exibição dos jogos, o que foi um tapa na cara da sociedade, né? Talvez a Globo comprasse também os direitos de exibição dos jogos do Flamengo, se ele caísse. Mas não existe nenhum outro time que mereça tal mobilização.
Aí, pleno ano do Centenário, o Corinthians, por ingenuidade, é eliminado da Libertadores. Por que ingenuidade? Porque aquele pênalti no jogo de ida contra o Flamengo poderia ter sido evitado. E no jogo de volta, não precisavam ter aberto as penas no começo do segundo tempo.
Mas passou, o Corinthians fora da Libertadores não tinha motivo pra não ganhar o Brasileirão. Era um time redondo (não falo aqui da forma do Ronaldo, hein), o único que não disputava mais porra nenhuma e não tinha quem mandar pra Seleção durante a Copa.
Tanto foi que no começo do campeonato, no período pós-Copa, o Corinthians abriu uma boa vantagem nos demais times. Aí veio chegando, de mansinho o Fluminense. Ninguém lembra CBF deu aquela facilitada pro Fluminense no período bravo da crise, mas isso ninguém fala, né?
Porque é assim - se o Corinthians ganha, a CBF facilitou, o Clube dos 13 facilitou, o juiz era ladrão e a cerveja no estádio tava quente. Se o Corinthians perde, tudo é corretíssimo.
O Fluminense merecia o título? Tanto quanto qualquer time que esteja em crise. O problema é que ele não conquistou o título, outros times que deram o título pra ele. A decisão do Brasileirão se baseou no anti-jogo e nos deslizes que o Corinthians cometeu ao longo do campeonato, como perder um jogo pro lanterna em casa.
Palmeirenses e são paulinos podem dizer que foi só um payback do ano passado, por conta do jogo que o Corinthians supostamente entregou para o Flamengo. A questão tão amplamente discutida da facilitada do ano passado não leva em conta que o goleiro do Corinthians era o Felipe, que é o pior goleiro da história do mundo e que o time não tinha interesse no Brasileirão porque já estava na Libertadores.
O que aconteceu ontem foi a prova de que clubes muito grandes, com muita espectativa, não sabem corresponder a pressão. Se o Corinthians soubesse corresponder a pressão, não teria sido eliminado da Libertadores pelo Flamengo em maio. Nem perdido o Brasileirão nos jogos pequenos e detalhes. Dependeria só de si, não do ovo no cu das galinhas verdes do Palmeiras, do Guarani e do Goiás.
Quanto à torcida? Continua sendo fiel. E isso que significa ser maior do que tudo isso. Não importa o que vocês, invejosos, digam ou façam.

...MEU CORAÇÃO É CORINTHIANO!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Sobre a segunda temporada de Glee...

Ryan Murphy é gênio. Ok, o primeiro epsódio da segunda temporada foi bem fraco. Um revival do primeiro epsódio da primeira temporada. Teve, claro, suas cenas muito engraçadas, tipo a cena que a Rachel e a Sunshine cantaram "Telephone" (que é o ringtone de alguém aqui) e a tal da coach Bieste, blablbla. Uma errada na mão, como ele sempre dá num ou outro epsódio.
Ai veio o segundo epsódio da temporada. Brittany/Britney. E a gente sabe o que acontece. It's Britney, bitch! E com a Britney a gente não mexe, principalmente quando o epsódio gira em torno das bitchtunes. O argumento do epsódio foi fraco, tipo anestesia geral alucinógena que causava delírios de Britney. E teve a cena da própria Britney vestida de cheerio que foi sooo wrong, porque a Britney tá velha demais pra por uma roupa de cheerio.
O terceiro epsódio foi feito só pra fazer a galera chorar até desidratar. Ryan Murphy conseguiu fazer "I wanna hold your hand" uma música triste. Ele quase matou o Burt Hummel e isso não se faz. O epsódio teve sua graça, claro, com o Finn rezando para o grilled Cheesus.
O quarto epsódio foi focado só na disputa e vamos cantar musiquinhas e o Artie transando com a Brittany. "Don't go braking my heart" no repeat porque é brega e fofa demais, né meu povo?
Ai chegou o quinto epsódio, que foi o último exbido até então. The Rocky Horror Glee Show. E pra quem não viu o filme original (The Rocky Horror Picture Show), veja antes de ver o epsódio. Pra não ficar perdido mesmo. Mesmo tendo visto o filme depois, considerei o epsódio genial. Depois de ver o filme, não tem como negar, Ryan Murphy está dando tapas na cara da sociedade desde Popular.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Enfim, Dilma.


Então finalmente acabou a eleição mais marcante que o Brasil teve desde a eleição de 1989 - esta é a primeira eleição em que o Lula concorreu através de uma mulher. É um momento histórico, não se pode negar.
Essas eleições foram particularmente exaustivas por conta da internet. O fanatismo dos eleitores foi até surpreendente, uma vez que o brasileiro médio se mostra apático e desinteressado por política. E é disso que quero falar - apatia, desinteresse e desinformação.
Durante todo o ano que se passou, quando começaram a especular que Dilma seria a candidata pelo PT, recebi aqueles milhares de emails que acusavam a nossa presidenta de ser ladra, assassina e terrorista durante toda a época da Ditadura Militar. Ignorei, como sempre faço com correntes, mas depois de um tempo, comecei a me cansar e responder aos emails.
Confesso que no começo do ano, quando o PSDB cogitava o Aécio para a presidência, via que Dilma não teria chances. Porque o Aécio tem aquilo que o Serra nunca teve nem nunca vai ter - o tal do carisma. Que eu prefiro chamar de jogo de cintura. Minha antipatia pelo Serra sempre foi clara. Sempre detestei a arrogância e a megalomania desse cidadão, que nosso amigo Wagner chama de "Mania de autoreferência".
A minha implicância com o PSDB é muito anterior, entretanto, ao meu entendimento do processo político. Lembro que eu tinha 8 anos completos quando o finado Mário Covas sancionou a aprovação automática em São Paulo. Eu estava no segundo ano do ensino fundamental e fiquei preocupada. Tinha medo de não aprender mais, já que todo mundo passava de ano. Minha mãe ainda diz que é anterior a isso. Diz que lá em 1989 eu, com 1 aninho, cantava o tal do "Lula lá".
Mas voltando a 2010 e a essa campanha. Vimos o poder do Marketing criar um carisma que, concordo, Dilma Rousseff nunca possuiu. E isso é errado? Não, gente. Isso é trabalho de uma excelente equipe de comunicação. Porque lá atrás, na década de 1970 quando essa mulher foi presa e torturada, tenho certeza, ela nunca pensou que um dia seria a primeira presidenta do Brasil. Ela pensava sim, em lutar pela democracia de seu país.
E o Serra, não pensava nisso na época da ditadura? Claro que pensava! O cara era presidente da UNE, que é o órgão mais esquerdista que não é partido político do Brasil. Só que Serra e Dilma tiveram trajetórias diferentes, não só na ditadura, que ele, quando a coisa ficou feia, foi se exilar no Chile, enquanto ela foi presa e torturada.
Mais uma vez, não vivemos mais na ditadura há mais de 25 anos. Vivemos numa era pós-moderna (zzzzz) em que a tecnologia influencia o processo político e não podemos negar. Vimos aí defesas "apaixonadíssimas" de ambos os lados, que nada mais eram que argumentos baratos e sem propósito. Juro que vi gente dizer que ia votar no Serra porque ele tem cara de dó (e isso foi dito por uma das minhas melhores amigas) e vi gente dizendo que ia votar na Dilma porque gosta mais de vermelho. Assim como vi um eleitorado da Marina crescer através da campanha verde-sustentável-politicamente-correta que, na verdade, era só uma abstenção mascarada.
Nessa eleição, vi o analfabetismo sócio-político de perto. Vi o que é não entender e não saber argumentar política. Vi o que é tomar uma opinião fraca e torná-la verdade absoluta do universo, quase como lei divina.
Vi campanhas sujas, de ataques baixos não só aos ideais políticos mas à biografia de todos os candidatos. Vi as pessoas esquecerem que o Estado é laico e apelarem para a religião (muito embora eu creia que as pessoas não saibam o significado de "laico". Talvez devesse dizer que as pessoas se esqueceram que o Estado não tem uma religião definida). Vi muito preconceito, não só na questão que me toca particularmente - a dos homossexuais - mas também na questão que me toca indiretamente - como mulher - a do aborto. E vi isso dentro da minha própria casa.
Sou de uma família de classe média, com pensamento médio e vida média. Classe média funciona assim - "há unanimidade? Sou contra". Classe média é aquela que ostenta mais do que o que realmente é ou tem e vive de aparências. E é essa classe média o cabresto eleitoral do PSDB em São Paulo.
Enfim, votei na Dilma por motivos claros. Porque sou prounista, porque me lembro que FHC deixou um governo com salário mínimo de 180 reais e um dólar de R$3,50. Votei na Dilma porque o Brasil hoje é potência em crescimento, não mais um país subdesenvolvido, com índices alarmantes de miséria, por conta de direitos básicos que nós aqui, no conforto dos nossos lares médios, somos incapazes de conceber. Votei na Dilma porque acredito sim na continuidade do governo Lula.
Àqueles cujo contra-argumento ao meu é dizer que votar na Dilma era aplaudir a corrupção, eu apenas rezo por suas almas ingênuas. A corrupção é inerente ao ser humano. Sempre houve corrupção no governo FHC (ou ninguém lembra das CPI's que acabavam em pizza e ninguém entendia?) e nos governos anteriores, desde, sei lá, o Império Romano. Votar na Dilma tenha sido, talvez, uma burlada na corrupção, uma vez que ela tem maioria em base governamental (câmara, senado e estados), o que pode facilitar o governo dela.
Dilma Rousseff não é uma marionete do Lula, como muitos afirmam. Bem como Lula nunca foi uma marionete de Dilma Rousseff e Zé Dirceu, como esses mesmos costumavam afirmar. Ela é a mulher a quem ele confiou sua chefia de governo durante 5 anos. É a mulher que tem um peso imenso, do tamanho do Brasil, sobre os ombros. O peso de ser a primeira mulher eleita num país hipócrita e machista. Só não digo que aos de pouco argumento vale o ditado, porque muitos vão me chamar de retógrada e dizer que eu estou retrocedendo aos tempos do Brasil - ame-o ou deixe-o. Mas a porta da rua é a serventia da casa.

Foto: G1

domingo, 24 de outubro de 2010

Dentre tantas outras coisas

Muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo: Glee em sua segunda temporada já teve epsódio cheio das vagabundices de Britney e teve epsódio que faz desidratar de tanto choro.
Ai tem a reta final das eleições. Tipo. Tava aí o primeiro turno ganho. E um monte de gente bacana resolveu mergulhar na tal onda verde e se encheu de plâncton. Ai vem o segundo turno, cheio de acusação de tudo que é lado e quem tem mais Deus no coração, esquecendo que o Estado é laico e se preocupando com ataques violentíssimos com bolinhas de papel.
Depois tem o trabalho que atrapalha imensamente a faculdade e a faculdade que não acaba nunca.
Mas nada de novo no front. Nenhum amor pra balançar as ondas. E a vida segue.

domingo, 17 de outubro de 2010

Sobre fazer a coisa errada

Se tem uma coisa que Marx falou com razão, é que o trabalho aliena. E ela pensa nisso todos os dias, quando se encaminha para um trabalho que ela não gosta, com pessoas que ela não gosta, com um desgaste físico-emocional que ela não precisaria passar se tivesse um pouco mais de amor próprio.
E o telefone toca. Ela não quer atender, porque sabe que não vai resistir. Não que ela vá cair naquela teia idiota de antes, e viver aquele relacionamento imbecil que nunca deu certo. Mas ela se sentia carente.
Sim, ela sabe que carência não é uma justificativa. É, na verdade, uma desculpa. "Desculpe, mas eu estava carente", ela fica repetindo pra si quando atende ao insistente telefonema e marca de encontrar aquela outra, a ex, cujo nome é mais temido que o de um tal vilão da história infanto-juvenil que a acompanhou.
E aquele semblante da ex não a assusta mais. Hoje ela olha pra ex e vê uma mulher que deveria considerar seriamente um antidade, mas que continua agindo como se fosse uma adolescente boba. A ex, claro, continua desempregada. Engordou um pouco, mas isso não a incomoda. Aliás, prefere que ela esteja mais cheinha, realça bem os contornos do corpo, que ela admite, lhe agrada.
E era nisso que ela pensava quando foi para a camacom a ex. No quanto aquele desenho lhe agradava. E, que era melhor ela se aninhar, para não dizer se entreter, naquele corpo que já não escondia dela mais nenhum segredo.
Foi com mais raiva de si mesma que com tesão que ela percorreu todos os caminhos que sabia que devia percorrer até tirar o ar da ex. Tal exito, claro, a fez querer acender um cigarro, enquanto pensava no quão patético era aquilo. Ela tinha chegado nesse ponto de topar um sexo totalmente sem graça, apenas por ter alguém ali, naquele momento. O cigarro? Não acendeu. Porque não tinha. E mesmo que tivesse, a ex não deixaria.
Fica, então, olhando para o teto, pensando numa boa desculpa para ir embora. Ela queria que fosse só sexo, e foi só sexo. Incrivelmente insignificante. A ex, então, percebe que ela está longe. "Nossa, você nunca me comeu assim antes", a ex resolve dizer com um sorriso. Babe, não era você que eu tava comendo. Ela pensa. Mas não precisa dizer, a ex sabe.
Ela levanta, se veste, se despede da ex pedindo desculpas. "Isso não vai mais acontecer", ela promete pra ex, e só depois se dá conta que essa frase dá margem pra duas interpretações possíveis - a dela, que garante a si que não vai mais procurar a ex sob a desculpa de estar carente; e a da ex, de que ela não vai mais embora assim, sem motivo, depois de treparem.
Ela sabia desde o princípio que esta era uma péssima idéia. Sabia também que sua imaginação já lhe dera muitos orgasmos mais que a ex. Mesmo quando ainda namoravam. E sabia que não era o nome da ex que ela chamava baixinho à noite, com a mão entre as pernas. Encostou a cabeça no vidro do ônibus e deixou as lágrimas rolarem. Era fraca e covarde.
Fez a escolha errada, no momento errado. Devia ter vendido aquela folga no meio da semana. Lembrou do trabalho que ela não gosta e de quantas horas tinha passado na empresa aqueles dias todos. Secou as lágrimas e desceu do ônibus. Mais um dia perdido. Mais uma escolha errada. E a vida segue.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Sobre sexo e sexualidade

Taí um post que eu nunca vou conseguir escrever em tom impessoal. Porque é uma coisa que me incomoda muito, então vamos lá.
Terça-feira eu estive no McDonald's com três amigas da faculdade. Duas heteros e uma lésbica. E muitos assuntos depois, caímos naquele assunto que todo mundo fala muito mas faz pouco - sexo.
Ai uma das meninas hetero perguntou à amiga lésbica (à outra, e não a mim) "como é que vocês fazem". E, de forma bem simplória, a amiga lésbica respondeu. E eu fiquei com aquela cara de "comoassim?". Porque para responder "olha, a gente se chupa e a gente se masturba e a gente cola velcro*", sinto muito, qualquer moleque punheteiro que vê girl-on-girl action responde.
E toda vez que alguém me pergunta "mas e ai, como é que vocês trepam?", eu respondo "com vontade". Porque não existe outra resposta. Sexo está mais na cabeça que no corpo, minha gente. Todo o prazer do sexo está na imaginação. Então a gente faz o que a gente sente vontade de fazer, como sente vontade de fazer.
Então eu resolvi declarar isso. Que existe tanto jeito de trepar. E por jeito eu não quero dizer posição. É forma mesmo. E caí na bobagem de falar de acessórios e de declarar que eu não me oponho a usar acessórios porque what happens on bed stays on bed e ouvi dois comentários bastante limitados - um de uma das amigas hetero e outro da amiga lésbica.
A amiga lésbica disse "se eu não fico com homem é porque não gosto de ninguém enfiando um pau em mim, então vou comprar um pra que?". E a amiga hetero disse "ah, então você não é muito segura da sua sexualidade, né?".
E aí mora o erro. Na limitação das pessoas. Eu sou SIM muito segura da minha orientação sexual, thanks for asking. E é exatamente por ser bastante segura da minha sexualidade, que eu posso afirmar o que me dá ou não prazer. E eu usar ou não algum acessório na cama não me torna mais ou menos lésbica.
E sabe o que mais me choca? Não é a primeira amiga lésbica que eu tenho que dá uma dessas de que acessórios na cama = menor certeza de ser homossexual. E, de verdade, sabe o que eu acho? Esses preconceitos são tão imbecís que não nos transformam apenas numa sociedade hipócrita, mas numa sociedade tensa e frígida. SEM MAIS.

*(tribadismo é complicado pra caralho pra alguém definir assim)

Nosso Lar

Então na terceira sexta-feira de dezembro de 1988 nasceu uma mocinha que hoje cultiva um blog em que ela teve a idéia idiota de ser impessoal. Filha de pais jovens (sua mãe tinha 19 anos e seu pai 21 quando ela nasceu), essa mocinha foi criada para ter a mente aberta em relação a vida.
E ela cresceu com a mente bastante aberta. Mesmo. Mas hoje ela quer falar sobre sua fé. Para ela, fé e religião são coisas muito distintas. E na família dessa mocinha o que não falta são religiões que ela pudesse escolher.
E ela fez questão de conhecer todas. Frequentou a missa, o culto, a gira e o evangelho. E gostou muito de todas as crenças. Gostou de conhecer essas crenças todas.
Sempre que lhe perguntam qual sua religião, ela pensa se quer se estender ou não no assunto. Quando quer se estender, explica exatamente em que acredita. Que é uma mistura de quase todas as religiões que conhece. Quando não quer se estender, ela responde simplesmente - espírita.
E por que, dentre tantas doutrinas, ela responde justamente espírita? Porque é a religião que está mais próxima desta crença sem nome que ela possui.
Então ela fez que fez, e no domingo conseguiu convencer seus melhores amigos a irem com ela ao cinema assistir "Nosso Lar". Ambos, claro, relutaram. Porque não são muito interessados em cinema nacional (principalmente sua amiga) e porque são evangélicos.
Ai na fila do cinema, começaram a conversar sobre o espiritismo e essa mocinha já derrubou muitos preconceitos que seus amigos tinham em relação à doutrina espírita. E eles ficaram, de fato, interessados em conhecer tal doutrina.
Quanto ao filme? Despretensioso é a melhor palavra para definí-lo. Concentra-se apenas em contar a história do André Luiz e não em te convencer a ser espírita. O filme peca apenas nos clichês visuais, tipo Unbrown mega escuro e Nosso Lar com pessoas só de branco, curtindo aquele céu azul no campo de golf florido.
O livro? Está em alguma caixa embaixo da escada e ainda não foi lido. Mas está na fila. Tudo a seu tempo.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Aleatoriedades

Este blog está tão deslocado por falta de tempo. Mas cá estamos, com o pé pra cima, porque duas pessoas muito importantes torceram o tornozelo essa semana - esta humilde pseudo-jornalista e a presidenciável Dilma Rousseff.
Falando na Dilma, que bela lavada ela tem dado no projeto tucano de Vampiro, aka José (motos)Serra. É de domínio público que neste blog a posição política é anti-tucana, claro. Então não se sinta ofendido. Se você discorda, simplesmente pule essa parte do post para outra onde o assunto não seja política.
É importante dizer que São Paulo caminha para seu 5º mandato consecutivo do tucanato. E o que mudou em São Paulo? A tarifa do metrô, que cresce vertiginosamente a cada ano, enquanto os quilômetros de metrô não cresceram nem metade do que deviam. As estradas são as melhores do país e, certamente, as que tem o maior número e os mais caros pedágios. Mas vamos lá, sociedade paulista, vamos eleger o picolé de chuchu.
Mas voltando no vampiro tucano, devemos lembrar da megalomania do Serra. No debate da semana passada na Gazeta (que só meia dúzia de gente assistiu) Serra disse que enquanto ele era governador de São Paulo, foram feitas mudanças importantíssimas. Inclusive, ele foi o único governador capaz de realizar mudanças climáticas.
Poucos seres no universo são capazes de realizar mudanças climáticas. Dentre eles São Pedro, dementadores, Voldemort e José Serra. Tirando São Pedro, só a galera do bem é capaz disso, como podemos ver.
E essas mudanças climáticas foram tão eficientes que o tempo em São Paulo tá seco pra caralho. E quando chove tudo pára. Então parabéns, sr José Serra, por um trabalho tão bem executado.
Mudando de pato para ganso, em 13 dias tem de ser entregue o primeiro de quatro artigos em barras de ouro que valem mais do que dinheiro que valem como monografia para a conclusão do curso e cá estamos nós, escrevendo em blogs e quase sem bibliografia. Vamos todos dar aquela salva de palmas para os orientadores idiotas de monografia e tcc da faculdade.
E hoje temos um jogo importantíssimo no Brasileirão - Corinthians x Fluminense. Sendo este blog fiel, temos o dever de odiar todos os times tricolores. Vamos apontar o dedo na cara do Muricy e rir que nem o Nelson d'Os Simpsons, dizendo que o nosso clube não é egoísta e liberou o Mano Menezes para a Seleção e, só por isso, o Fluminense tem mais é que tomar no cu.
De resto? Bom, de resto, rola uns rascunhos de uns posts, principalmente sobre comida (que é uma nova obssessão, escrever sobre comida). Domingo, como é folga desta que vos fala e aniversário de vovó, vai rolar um cineminha pra assistir "Nosso Lar". O pé será desimobilizado amanhã e na sexta tudo volta ao normal. E a vida segue.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Journey


Eu só quero compartilhar que se o seu coração for fraco que nem o dessa que vos fala, não assista Journey hoje na Fox. Você vai chorar até morrer desidratado. Ficaadica.
Journey é triste porque:
a) é o último epsódio;
b) o New Directions vai pras Secctionals crente que vai perder;
c) o Finn diz pra Rachel que ele a ama e ela não responde nada;
d) tem uma cena com Bohemian Rhapsody na íntegra;
e) o bebê da Quinn nasce;
f) a Rachel propõe pra Shelby que ela vire treinadora do New Directions e ela recusa;
g) a Sue defende os meninos do Glee Club na hora que os juízes das Seccionals estão votando em quem deve vencer;
h) eles ficam em 3º lugar e o Vocal Adrenaline ganha;
i) a Sue briga com o Figgins pra ele manter o Glee Club;
j) a Sue CHORA quando vê as crianças cantando pro Will;
k) TODAS AS ALTERNATIVAS ANTERIORES.
Journey é tristão. Mas é lindo. Aciztaa~~o11one
Músicas do epsódio:
Faithfully - Rachel e Finn - Journey
Anyway you want it/Lovin Touchin Squeezin - New Directions - Journey
Don't Stop Beliving - New Directions - Journey
Bohemian Rhapsody - Vocal Adrenaline - Queen
To Sir With Love - New Directions - Lulu
Over The Rainbow - Will e Puck - The Wizard of Oz

Funk


Em primeiro lugar, é importante dizer que este blog não foi abandonado. Ocorre que a faculdade (a 9 meses do fim) e o escravagismo que prende esta que vos fala tem ocupado muito tempo desta vida ingrata. Então hoje teremos 2 posts e ambos sobre Glee.
O primeiro, claro, o epsódio 21 - Funk.
Funk é um epsódio tristinho porque é o penúltimo da temporada. Ele começa com o Jesse sendo o filho da puta que todo mundo sabia que ele seria, mas não queria acreditar. Ele volta pro Vocal Adrenaline e acaba com a nossa querida Rachel.
Ai o Will se divorcia da Terry e dá em cima da Sue pra poder magoar ela e ela aprender com o próprio veneno que não é legal ser cruel com os outros.
E tem também a vingança dos meninos do Glee Club com o Vocal Adrenaline, e eles furam todos os pneus dos carros da galera do Carmel High. Ai a mamãe da Rachel a.k.a. Shelby vai lá cobrar o valor dos pneus e então o Finn e o Puck vão trabalhar com a Terry pra poder pagar a dívida.
Enfim, Funk gira meio em torno da vibe Loser do Beck, que é ruim pra caralho, mas virou uma versão boa.
As músicas do epsódio:
Another One Bites The Dust - Vocal Adrenaline - Queen
Tell me Something Good - Will - Rufus
Loser - Finn e Puck - Beck
It's a man's man's man's world - Quinn - James Brown
Good Vibrations - Finn, Puck e Mercedes - Marky Mark and The Funky Bunch
Give Up The Funk (Tear the roof of the sucker) - New Directions - Parliament

domingo, 29 de agosto de 2010

Sobre trabalho e satisfação pessoal

Vovô sempre disse "trabalho porque me pagam. Por prazer, eu cuido das minhas cabras, no meu sítio, sossegado". Ora vovô, que bobagem. O trabalho braçal é o mais estressantes dos trabalhos. Ou não? É difícil acreditar que o trabalho braçal é o mais estressante. Talvez seja apenas estafante, e estresse e estafa são coisas bastante diferentes.
Todo mundo tem aquela sensação de que tá trabalhando demais para o que ganha ou é só quem está descontente com a função que exerce? Porque tem muita gente que trabalha para caramba, mas aparenta satisfação com o que faz não só no dia do pagamento.
E não é puxando nenhuma sardinha, nem dando publicidade desnecessária, mas esse ser deste lado da tela lembra que se sentia feliz em levantar para trabalhar na agência que, por ironia divina, foi o emprego mais curto que já teve.
Levantar cedo, trabalhar horas e mais horas a mais que a carga diária contratada pelos empregadores e até ganhar menos do que a base da função exercida, com mais descontos que os normalmentes aplicados eram meros detalhes para um trabalho em que ela realmente tinha prazer de executar.
Exceto quando tinha uma idiota atrapalhando seu caminho. Tem um tipo de pessoa que é insuportável no mundo corporativo - aquela "certinha". A pessoa "certinha" é aquela que não vai ao banheiro da empresa porque se sente mal de gastar o papel higiênico. E ela aquela que fica dando pitaco em como você deve trabalhar, com medo que, se você fizer uma merda, essa merda respingue nela.
Normalmente a pessoa "certinha" não tem um cargo de poder. Mas ela acha que tem. Bobagem. Essa pessoa tem, na verdade, muitos anos na mesma função - certamente burocrática, porque gente "certinha" não tem desenvoltura pra exercer uma função que exija jogo de cintura e raciocínio rápido. São pessoas que podem ser facilmente substituidas por máquinas - e ela acha que tem alguma coisa errada com você. Acredite, ela vai achar um defeito em você que só ela é capaz de ver, por ele nem existe, na verdade. Tipo o fato de você voltar do almoço, usar o banheiro da empresa e depois escovar os dentes.
Poxa, você poderia considerar mais, afinal você usando o banheiro da empresa, o departamento de compras tem de pedir mais papel higiênico, e mais toalhas de papel para secar as mãos e mais sabonete. E isso pega mal para essa pessoa, porque ela tá segurando seu organismo para não utilizar o banheiro da empresa por anos e mais anos, ai chega você, logo no seu primeiro dia e, depois do almoço, vai ao banheiro.
Enfim, emprego ou subemprego, sempre tem a pessoa "certinha" pra foder sua vida. Essa pessoa, claro, não está feliz. Mas ela não vai falar nada, porque emprego tá difícil pra quem não tem muita qualificação (e, em experiência própria, pra quem tem excelentes qualificações) e ninguém pode se dar ao luxo de escolher emprego.
Mas nós chegamos ao ponto crucial - por que quem tem qualificação não pode escolher emprego, hein? Quem foi que inventou essa regra básica que ninguém pode se dar ao luxo de escolher emprego? E antes que os comunistas venham contar da máxima do capitalismo, a tia aqui não faltou a uma aula de sociologia, viu? Então não façam como a pessoa "certinha" faria e ignorem a hipótese de ignorância, viu? O repertório aqui é bem vasto e poderíamos discutir muito isso.
A questão é bastante simples - escolhendo um emprego que lhe dá prazer, cada indivíduo fica muito mais satisfeito, por dois motivos - primeiro por entender bem e gostar do que faz, portanto, diminuindo a sobrecarga de estresse e segundo porque o dinheiro seria consequência do trabalho bem executado com prazer.
Agora se você tem qualificações suficientes para escolher emprego, mas aceita qualquer coisa porque o capitalismo desenfreado mexe com sua cabeça a ponto de você estar há 6 meses desempregado (a) e precisar ter dinheiro para ter (a)Liberdade, (b)Diversão (c)Luxos, parabéns! Sua vida deve ser um cu, bem como a dessa que vos fala. Aí o que você tem a fazer é se fechar na sua própria cabeça e começar a criar pessoas que não existem, mas que te deixem mais confortáveis que aquele bando de gente com menos qualificação que você. (Depois falamos de egocentrismo e arrogância, ok?)
E é só o primeiro mês de subemprego.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Theatricality


Primeiro devemos nos atentar que a Fox Brasil cometeu o grotesco erro de passar o teaser de Funk na última semana e exibiu o epsódio correto, que era o Theatricality (que em português ganhou o nome imbecil de "Eu sou quem eu sou"). E essa semana estará exibindo o teaser de Theatricality quando, na verdade, o epsódio que será exibido semana que vem será o Funk.
Mas falemos do que é importante. Quando Theatricality foi ao ar na terra do tio Sam, alguém (olhos para cima) disse que esse epsódio tinha potencial "The Power of Madonna". Porque dona GaGa tem potencial de Madonna nos tempos aureos.
Mas isso não ocorreu. O epsódio é cheio de drama, com a Rachel descobrindo que a Shelby é a mamãe, e o Finn dividindo o quarto com o Kurt e dizendo pra ele que ele não é viado nem nunca vai ser viado, então pro Kurt deixar de viadagem, o Puck querendo participar da escolha do nome e do parto da Quinn e a Tina que não podia mais usar as roupas horrorosas.
Enfim, o epsódio é muito teatral (duh!), mas não chega nem perto do melhor epsódio da temporada. Vale a pena assistir, mas não ficar naquela vibe de "esse é o melhor epsódio ever".
Músicas do epsódio:
Funny Girl - Shelby - Barbra Straisand
Bad Romance - New Directions Girls e Kurt - Lady GaGa
Shout it out loud - New Directions Boys - Kiss
Beth - New Directions Boys - Kiss
Poker Face - Shelby e Rachel - Lady GaGa

domingo, 22 de agosto de 2010

E a corrida presidencial, hein?

Se tem um termo que não faz o menor sentido para pessoas cuja imaginação seja tão fértil quanto a dessa que voz fala, esse termo é "corrida presidencial". Porque a tendência é sempre imaginar os candidatos à presidência numa espécie de São Silvestre que dura 10 meses. Ou numa corrida maluca, como o desenho homonimo.
Mas vamos falar do que importa. Quem sabe o nome de todos os candidatos à presidência sem recorrer ao Google? Pois eles são, em ordem alfabética: Américo de Souza (PSL), Dilma RoussefF (PT), Ivan Pinheiro (PCB), José Maria Ey Ey Eymael, o democrata cristão (PSDC), José Serra (PSDB), Levy Fidélix (PRTB), Marina Silva (PV), Plinio de Arruda Sampaio (PSOL), Rui Pimenta (PCO) e Zé Maria (PSTU).
Todo mundo sabe que a grande briga é entre Dilma e Serra e que Marina está fazendo as vezes que Heloísa Helena fez nas eleições de 2006, de voto alternativo. Plinio já conquistou, por conta de suas vitórias, primeiro no debate da Band, depois em entrevista para o Jornal Nacional, a final na Libertadores da América, contra o Inter. (Tunduntss)
É importante destacar dois candidatos. Ey Ey Eymael. O democrata cristão e Levy Fidélix. Nenhum dos dois nunca vai ganhar eleição para grandes cargos, por diversos motivos, sendo o mais óbvio, os partidos e coligações pequenos que fazem parte. Mas ambos são ícones de anos políticos, como era o finado doutor Enéias Carneiro (que Deus o tenha em um bom lugar).
Mas Ey Ey Eymael, o democrata cristão sempre traz para os anos pares o seu grudento jingle. Tão grudento que ninguém nunca prestou atenção em suas propostas, mas sabe cantar o jingle.
E Levy Fidélix é o mais preocupante. Porque vale lembrar que Enéias e Havanir já foram os vereadores e deputados mais votados do país. E todo mundo que votou na dupla do PRONA, o fez como voto de protesto/chacota. Não que o Levy Fidélix corra esse risco agora nas eleições presidenciais. Mas ele serve perfeitamente para esse papel, com seu incrível projeto subestimado do aerotrem. Se a assessoria de imprensa dele fosse boa (oi Levy, tô topando uma assessoria, viu), essa seria a hora dele ser presidente, porque pra 2014 e 2016, o Aerotrem seria uma mão na roda.
Mas levando menos na brincadeira, devemos nos atentar para essa galera que faz voto de protesto/chacota pra criar um caos e elege um sujeito bastante aleatório, porém de credibilidade jocosa. Não adianta explicar que não existe voto de protesto, que votar branco e anular voto é deixar que outros escolham por você, uma vez que a eleição é ganha por aquele que tiver a maior parte dos votos válidos.
Então não adianta nada ser pseudo-comunista ou pseudo-socialista (sorry Plinio, folks do PCO, PSTU e afins, sorry galera riquinha da PUC, cujos pais gastam uma fortuna pra que vocês sejam pseudo-comunistas ou pseudo-socialistas em Perdizes, dirigindo Pegeouts, Citröens e utilitários), porque essas idéias, além de ultrapassadas nunca ganharam nem nunca vão ganhar eleição.
Quanto à Marina Silva, bem, como foi dito antes, ela é a Heloísa Helena dessa eleição. Suas intenções de voto não chegarão a 15% e ela não será eleita, mas será a opção como a daquela galera que vota na Soninha pra Prefeitura de São Paulo. E ela não vai ser eleita porque seu partido é pequeno, não tem alianças e bandeira do meio-ambiente é muito bacana, mas no fundo, todo mundo quer ligar o ar-condicionado no verão e ser feliz. É aquela coisa que todo mundo acha importante, mas não dá muita atenção.
Em São Paulo, especificamente, mas no sul-sudeste em geral, existe uma pequena divisão na classe média. Essa divisão é o eleitorado da Dilma. A classe média do sul-sudeste lê a Veja e é tucana. Principalmente em São Paulo, que está caminhando para as duas décadas de governo tucano.
No norte-nordeste, a situação é a oposta. A pequena parcela vota no Serra. A grande parte da população elege a Dilma, não por conhecê-la, mas por ela ser a candidata do Lula.
E isso é importantíssimo de se destacar, que a Dilma, se for eleita, será apenas por ser a candidata do Lula. E não adianta atacá-la com seu passado (coisa feia que a Época fez na edição dessa semana) ou a Veja faz costumeiramente. Dilma só é a atual candidata porque Palocci e Zé Dirceu pisaram na bola feio.
Mas eleição presidencial, bem como futebol, é uma caixinha de surpresas. Mas não são onze contra onze.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Dream On


O 19º epsódio da primeira temporada de Glee é muito legal porque tem nome de uma música do Aerosmith. E tem o Brian Ryan, ex-companheiro do Mr Schue no Glee Club e eles cantam a música do Aerosmith. E o Artie dança. De verdade, fora da cadeira e tal.Na verdade ele não só dança, rola todo um flash mob.
E tem a Shelby. A gente descobre que ela é a mamãe da Rachel. E elas cantam I dreamed a dream. E a gente descobre que foi pra ela poder se aproximar da Rachel que ela colocou o Jesse St James no caminho da nossa estrelinha, e não pra foder com o clube.
É mais um epsódio incrível da série. Vale a pena assistir.
Músicas do epsódio:
Piano Man - Brian Ryan - Billy Joel
Dream On - Will e Brian Ryan - Aerosmith
Sanfety Dace - Artie - Men Without Hats
I Dreamed a Dream - Rachel e Shelby - Les Miserábles
Dream a Little Dream - Artie - Ozzie Nelson

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Manual do gordo

No último post sobre comida falamos sobre a rede dos irmãos McDonald que o Ray Croc roubou e fez crescer e ser o maior marco do capitalismo mundial, junto com sua parceira no crime, a Coca-Cola. Neste post, falaremos do concorrente - O Rei do Hamburguer.
O Burger King é recente no Brasil. Mas já fidelizou uma grande clientela que, se puder escolher entre a rede dos arcos dourados ou a rede das coroas, escolhe a das coroas.
Os lanches são maiores e bem mais saborosos que os do McDonald's. E nem é porque a carne do Burger King é bovina e a carne do McDonald's é de minhoca, é porque a carne do Burger King é grelhada na manteiga, e não tem nada melhor para entupir suas veias de gordura que manteiga. Por isso que essa gordura de leite é tão deliciosa.
Outro motivo pelo qual os lanches do Burger King são melhores que os do McDonald's é que boa parte deles têm bacon e, se não tiverem, você pode adicionar. Diferente do McDonald's, que se você pedir bacon eles vão dizer que não faz parte do lanche e te mandar pastar.
Mas neste post a intenção não é descorrer sobre preferências obesas de gordura saturada. É dar uma dica: nunca, em hipotese alguma, nem sob tortura, coma os lanches especiais com cheddar do Burger King.
Se seu desejo for cheddar, tire a coroa, enfie o rabo entre as pernas e vá ao McDonald's. Como batatas fritas e lanches especiais, cheddar é uma especialidade do McDonald's. No Burger King, o cheddar usado é aquele que também é usado pelo tio da barraquinha da esquina, que não passa de gordura hidrogenada com maisena e corante laranja = gastrite.
Sério, só vá ao Burger King se sua intenção é enfartar, porque com os lanches imensos deles, é essa sensação que se tem após essa orgia gastronômica. E não consuma lanches com cheddar. Lembre-se: para cheddar de gordura hidrogenada, maisena e corante, prefira o tio da esquina, que te cobra R$4,50 no x-bacon salada, e não a rede de fast food que vai te cobrar R$17,00. Reflita.

domingo, 15 de agosto de 2010

Laryngitis


Laryngitis é mais um epsódio que segue a linha dos melhores epsódios dessa segunda parte da primeira temporada de Glee. Por que? Porque tudo, aparentemente, muda.
Puck é jogado na lata de lixo pela escória da sociedade do ensino médio, os gordos e nerds, porque ele raspou o moicano, obrigado por sua mãe e seu médico, que achavam que uma pinta podia ser um sinal de câncer de pele. Pra se livrar de ser perseguido por seus ofensores, ele decide que deve conquistar Mercedes, que agora é cheerleader e super popular.
Rachel percebe que alguns de seus colegas do clube não têm cantado nos ensaios, e faz uma lista para o Mr Schue, com os nomes dos preguiçosos. Ele, por sua vez, passa uma tarefa de "reencontrar" as vozes do clube. Rachel escolhe cantar uma música da Miley Cyrus (a.k.a. Hannah Montana) e, para surpresa geral, ela está sem voz. Ai ela vai ao médico, que a diz que ela está com laringite, e que se ela não fizer bastante repouso vocal, terá de extrair as amigdalas.
Finn está cada dia mais apaixonado por Rachel e deixa isso bem claro, assim como fica clara a afinidade dele com Burt, pai de Kurt. Kurt, para se aproximar de seu pai, resolve tentar a heterossexualidade, com um empurrãozinho da treinadora Sue Sylvester, e passa a se vestir como o pai e cantar músicas que o pai gosta, além de dar umas beijocas na Britany.
Santana tem um ataque de ciúmes do namoro de Puck e Mercedes e promete fazer um inferno na vida de Mercedes. Rachel fica deprimida e dramática por causa da sua falta de voz e Finn a apresenta para um amigo seu que fraturou a coluna durante um jogo de futebol americano e ficou tetraplégico, para que ela entendesse que existem pessoas com mais motivos para ficaram deprimidas que ela.
Enfim. Laryngitis é um epsódio incrível, que te faz chorar, nem que seja aquela única lagriminha no final, quando a galere canta One do U2.
Músicas do epsódio:
The Climb - Rachel - Miley Cyrus
Jessie's Girl - Finn - Rick Springfield
The Lady is a Tramp - Puck e Mercedes - do musical Babes in Arms, conhecida pela versão de Frank Sinatra
Pink Houses - Kurt - John Mellencamp
The Boy is Mine - Mercedes e Santana - Brandy and Monica
Rose's Turn - Kurt - do musical Gypsy
One - New Directions - U2

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Bad Reputation


Bad Reputation não é o melhor epsódio da temporada, mas é o preferido dessa que vos fala. Mesmo estando quase uma semana atrasada na escrita deste post.
E por que o Bad Reputation ganhou esse soft spot nesse coração de pedra? Porque todas as músicas são muito ruins e ganharam versões muito boas.
A participação da Olivia Newton-John colabora apenas para despertar a lembrança dum tempo onde uma amiga obrigava a uma pobre criança indefesa a assistir Grease diariamente.
A melhor versão feita pelo epsódio, sem dúvida, é Total Eclipse of The Heart e, só de pensar na seqüência foda de ballet realizada por Lea Michelle e Jonathan Groff, esse ser fica completamente estática e arrepiada.
E, infelizmente como o computador que contém os arquivos de Glee está impossibilitado de uso, não teremos as músicas disponíveis aqui, apenas as listas. Mas olha, vale muito a pena procurá-las no youtube.
Músicas do epsódio:
Ice Ice Baby - Will e New Directions - Vanilla Ice
U Can't Touch This - Artie, Kurt, Mercedes, Tina e Britany - Mc Hammer
Physical - Olivia Newton-John e Sue Sylvester - Olivia Newton-John
Run Joey Run - Rachel, Puck, Finn e Jesse - David Gueddes
Total Eclipse of The Heart - Rachel Puck, Finn e Jesse - Bonnie Tyler

sábado, 31 de julho de 2010

Caraminholas na cabeça.

Sobe a escada e fecha a porta. A porta aberta a incomoda como se alguém arranhasse uma lousa. Fecha a janela também. Porque o barulho da rua irrita. E porque sempre sente frio se deixa a janela aberta à noite. Sabe que esse frio, principalmente hoje, é psicológico, mas sente os pés ficarem gelados, muito embora mantenha uma blusa sem mangas. Veste meias. Pega uma manta e se joga no sofá, porque o cabo do computador não alcança a cama e o computador não funciona sem o cabo.
Nada na internet. Um bilhão de canais e nada na tevê, que continua ligada e sem som, só pra fazer companhia (?). Liga uma playlist no computador. Pega o livro. Deve ter seis meses que está lendo esse livro. Leu outros 10 nesse período. Lê umas dez, talvez vinte páginas. Fecha o livro.
Pensa no sonho bom que teve essa noite. E que sabia que estava sonhando. Tinha gritado, no sonho, que sua interlocutora aparecia apenas para provocá-la e saía andando. E a chamava de covarde. Porque é fácil provocar alguém que está dormindo, queria vê-la provocar de verdade.
Abre o livro novamente. Pisca uma janela no msn. Dá atenção para a amiga no msn e diz pra si mesma que isso não é desculpa para colocar o livro de lado novamente. É que ela prefere conversar a ler hoje.
Levanta, abre a janela, observa a prima brincar com uma bola de futebol e o cachorro comer as plantas do quintal. Sente que não pertence a casa dos pais. Pensa sobre pertencer e, se um dia, pertenceu de fato a esse lar. Ri da quantidade de bobagens e inseguranças e medos que passam pela sua cabeça.
Ri alto, dessa vez. "Até na minha cabeça só passa merda hoje". Pensa em ligar pra várias pessoas. Olha pro celular jogado no meio da cama. Pensa que gostaria de trocar de aparelho, mas que os aparelhos que ela gostaria de ter no momento estão muito além do que ela pode afortar. Abre o livro de novo. Fecha o livro de novo.
Pensa em algumas amigas que estão se arrumando para sair e que a convidaram para ir junto. Gostaria de ser do tipo que topa qualquer coisa num sábado à noite, inclusive sair apenas com o dinheiro do transporte e contar com a sorte e algum idiota que tope pagar bebidas, como fazem suas amigas.
Pensa que conhece pelo menos umas três idiotas que estariam dispostas a pagar bebidas para ela. Mas isso implicaria em uma ressaca eterna. O telefone, ainda jogado no meio da cama, começa a tocar Bad Romance. Ri em desaprovação. Tem idiota que, só de pensar, sente e acha que é motivo pra aparecer e foder com tudo. Ignora o telefone tocando.
Muda de posição porque as costas doem. Dá uma olhada pra tevê. A novela com sotaque ainda está passando. Ela odeia novelas com sotaque, principalmente se o sotaque for italiano. Riscou a Itália da lista de lugares que ela gostaria de conhecer só por causa das novelas com sotaque italiano. Imagina o quanto deixaria sua avó paterna chateada de ouvir uma coisa dessas e o quanto ela falaria de como a Itália é linda e blá blá blá.
O Bad Romance insiste. Ela agradece à tecnologia por toques diferenciados para os contatos, porque assim ela pode ignorar ligações indesejadas sem precisar se alongar para pegar o telefone, que continua jogado no meio da cama.
Na verdade, o que a tem deixado inquieta são dois verbos totalmente diferentes, mas que estão travando uma batalha assustadora em sua cabeça. Querer e precisar. Pensa em sua fé questionável. Sempre que se deixa abalar por alguma coisa, questiona sua fé. Conclui que é muito feio admitir isso para mais alguém que não seja ela mesma.
Chacoalha a cabeça na esperança de afastar esses pensamentos. De falta de fé e do que é mais importante entre querer e precisar. Sabe que não tem muita escolha e sabe que o precisar racionalmente vence o querer. Queria que alguém a convencesse do contrário. Chacoalha de novo a cabeça. Tem muito tempo ainda pela frente, nesses dias que virão. Deixará que o tempo resolva as coisas. Decide confiar no tempo. Não que ela já tenha confiado nele antes, mas, quem sabe, a experiência seja boa (?). Respira fundo, fecha os olhos. E resolve pensar nisso tudo depois.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Home



Home é um epsódio tão fraco de Glee que até passou desapercebido essa semana. Nem serão disponibilizadas as músicas, apenas listadas.
A única coisa boa em Home é a participação da Kristin Chenoweth interpretando a April Rhodes, que é nossa bêuda-whore-junkie preferida, e nem assim o epsódio é bom.
E por que o epsódio é fraco? Porque é cheio de clichês. Kurt apresenta o pai dele para a mãe do Finn, interessado nos louros que ele colherá com essa união, tipo ser roomate do Finn e conseguir conquistá-lo pro lado negro da força pra algum lugar além do arco-íris onde os pássaros azuis voam.
Óbvio que Finn não vê grandes coisas sairem dessa relação, porque pra ele, a mãe dele está superando a morte do pai que ele nunca conheceu, então rola aquela tensão no ar. E pra tensões no ar não há nada que resolva.
Ai tem a Mercedes que tem de emagrecer 5 quilos pra usar um uniforme de Cheerio com saia ou ela está fora das Cheerios. E não tem nada mais clichê que colocar a menina gorda de dieta e ela ter paranóia de imaginar que todas as pessoas viram comida. Not cool, Ryan Murphy. Not cool.
E é isso. Home é um dos mais fracos epsódios de Glee nessa temporada, junto com Mash-Up e Ballad. Os epsódios seguintes são excelentes.
As músicas do epsódio
Fire - Bruce Springsteen (Will e April)
A House Is Not a Home - Dionne Warwick. (Kurt e Finn)
One Less Bell to Answer/A House Is Not a Home - Barbra Streisand (Will e April)
Beautiful - Christina Aguilera.(Mercedes)
Home do musical The Wiz (April e New Directions)

segunda-feira, 26 de julho de 2010

...

Nada aumenta mais a autoestima de uma mulher que um salão de beleza.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

The Power Of Madonna


E hoje vai ao ar o melhor epsódio dessa temporada de Glee na Fox Brasil. E assim, até quem não gosta de Madonna adorou o epsódio.
A princípio, porque as performances são excelentes. E depois tem a Jane Lynch cantando Vogue. E todo o epsódio gira em torno de uma histórinha que casa perfeitamente com a trilha da Material Girl.
Não há muito mais o que falar sobre esse epsódio. Ele ficou em primeiro lugar do Ibope dos EUA quando foi exibido por lá e teve um EP exclusivo com as músicas utilizadas no epsódio, mas uma track bonus que não coube no epsódio. O EP ficou em primeiro lugar dos mais vendidos do iTunes e mais tocados da Billboard.
É isso. Na Fox, às 22h, hoje.
Músicas do epsódio:

Express Yourself - New Directions Girls


Borderline/Open your heart - Finn e Rachel


Vogue - Sue Sylvester, Mercedes e Kurt


Like a Virgin - Rachel, Jesse, Finn, Santana, Mr Shue, Emma


4 minutes - Mercedes e Kurt


What it feels like for a girl - New Directions Boys


Like a prayer - New Directions


Burning up - Jesse (Bonus Track)

terça-feira, 20 de julho de 2010

Amo muito tudo isso.

Esse blog não é voltado a culinária, mas pertence a uma pessoa que adora comer. Por isso, hoje vamos falar daquela rede de fast food do demônio, que por mais que a gente queira, não consegue se desvencilhar.
O McDonald's chegou ao Brasil em 1979, quando abriu a primeira franquia em Copacabana. E foi crescendo e conquistando os brasileiros, principalmente as crianças, com aquele palhaço idiota (morro de medo de palhaços) e seus amigos, além do Lanche Feliz.
Atualmente o Burger King é muito mais interessante que o McDonald's. Os lanches são maiores e mais gostosos. Mas esse nem é o caso. Vamos falar de especiais. E especiais são as melhores cartas na manga da rede dos irmãos McDonald roubada pelo Ray Croc. Não é preciso apresentar a rede Arcos Dourados.
Durante a Copa, o McDonald's fez um especial com sete lanches, um para cada dia da semana. Esse ser daqui fez questão de provar cinco desses lanches e fazer um raking no twitter.
Ai depois desse ranking, choveram replies do tipo "espero que você tenha câncer depois de comer esse monte de sanduíche de minhoca", ou "como você é antipatriota, capitalista e gorda!", ou ainda "vai morar nos EUA e entupir suas veias de gordura trans". Esse blog apóia pessoas que matam pseudo-comunistas. Brinks, esse blog é contra violência, mas odeia profundamente pseudo-comunistas.
E, cara, não tem coisa mais chata que pseudo-comunista com a camiseta da Nike com a cara do Che vir te dizer que você é um porco capitalista antipatriota porque você curte comer um fast food.
Claro que se você comer todos os dias da sua vida no fast food, além de gordo, você vai enfartar logo e morrer de tanta gordura, mas fast foods são legais. E por isso vamos voltar a falar do que importa.
O melhor lanche que o McDonald's fez durante a Copa foi o lanche das sextas-feiras, o McEUA. Porque tinha tudo que um lanche precisa ter para ser considerado o melhor e mais gostoso de todos os lanches - salada sem tomate, barbecue e bacon.
Em seguida, o McArgentina também mandou muito bem. Apesar de ter tomate. O "chimichurri", que na verdade era o molho do Big Tasty ornou bem com o bacon, porque tudo orna bem com bacon, na verdade.
Depois o McItália ganhou muitos corações (inclusive o meu) com o polpetoni. Mas deixou a desejar na quantidade de peperoni e molho.
McFrança foi bem gostoso pra um lanche de frango. Com molho de queijo e ervas finas e queijo tipo emmenthal (só na cabeça deles, porque é o mesmo queijo do Big Tasty, que também só dá uma lembrança ao emmenthal). Seria mais gostoso se fosse todo quente, porque se eu quisesse uma salada com molho de quiejos e filé de frango, teria pedido isso e não um lanche.
E o último comido desses da Copa foi o McEspanha. E cara. Sempre desconfie de lanches de filé de peixe. Parecem deliciosos mas acertam em cheio locais no estômago capazes de provocar náuseas, mal-estar e dor. Ainda mais um lanche de filé de peixe com um suco de tomate que podia ser usado pra fazer um bloody mary.
Depois que a Copa acabou a novidade do momento passou a ser o Supercheddar Peperoni do Sherek. E tipo, não faz sentido nenhum ligar cheddar e peperoni a um ogro, mas como esse lanche é delicioso. Dois tipos de queijo (o cheddar cremoso e o queijo normal do McDonald's), peperoni, cebola. Só peca pela existência do tomate e a falta do maravilhoso bacon.
Enfim, pra quem estiver com fome, curti uma gordura sazonal e não ligar de compactuar com o maior empreendimento capitalista do mundo, basta ir ao McDonald's mais próximo e cair de boca no lanchão do Sherek.

Esse post só foi escrito porque eu não queria falar de Glee de novo assim. Mas amanhã postarei sobre o The Power Of Madonna, no mesmo esquema do Hell-O. Com as músicas e spoilers.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Hell-O



Então hoje, depois de quase seis meses, a Fox Brasil volta a exibir a segunda parte da primeira temporada de Glee, que é a série mais legal do momento. O epsódio de hoje chama Hell-O e é o décimo quarto da primeira temporada que, a princípio, teria apenas os 13 epsódios e teria acabado nas Seccionais, mas com o sucesso estrondoso, foram feitos mais 9 epsódios que vão massacrar corações brasileiros que não tiveram tempo, ou paciência, ou um inglês suficientemente bom pra acompanhar junto com a turma do Tio Sam.
Nesse epsódio entram em cena os deliciosos astros da Broadway, Jonathan Groff e Idina Menzel, que viverão papéis importantes na vida da nossa querida Rachel (Lea Michele). Groff vive Jesse St James, o lead vocal do Vocal Adrenaline, um dos concorrentes do New Directions nas Regionais. Idina Menzel vive a intrutora do Vocal Adrenaline, Shelby Corcoran.
Rachel conhece Jesse St James na biblioteca da cidade, quando procura por uma música com Hello no título para cumprir a tarefa dada aos gleeclubers pelo Mr. Schue. Rachel e Jesse cantam Hello de Lionel Ritche em dueto. E, poxa, apesar da breguice já conhecida da música e tal, fica bem foda.
E Shelby conhece o Mr Schue quando ele vai a um ensaio do Vocal Adrenaline falar sobre o nascente relacionamento de Rachel e Jesse. Eles ainda dão uns beijinhos.
É um excelente epsódio de retorno e prepara bem os ânimos para o epsódio seguinte, que é todo dedicado à Madonna.
Músicas do epsódio:

Hello, I love you (The Doors) - Finn


Gives you hell (The All-American Rejects) - Rachel


Hello (Lionel Ritchie) - Rachel e Jesse


Highway to Hell (AC/DC) - Vocal Adrenaline


Hello, Goodbye (The Beatles) - New Directions

A palavra com L


Em julho de 2005, com um ano de atraso, a Warner começou exibir uma série que fazia bastante sucesso lá fora pela Showtime. E fazia muito sucesso também pela internet, para quem tinha paciência de procurar e baixar vídeo.
Com tema adulto, tratando de homossexualidade feminina através das vidas de um grupo de amigas num café (não naquele Friends M.O., mas que circulavam pelo café) sob a ótica de uma moça que saiu da faculdade e foi morar com o namorado em West Hollywood (Los Angeles, CA), e que depois descobriu-se lésbica, a primeira temporada de The L Word (ou A palavra com L) foi, sem dúvida alguma, a melhor de toda a série.
Por que? Porque mesmo com uma Los Angeles surreal onde todo mundo é gay, a trama mostra fragmentos que estão ou estiveram presentes na realidade de toda lésbica. A curiosidade de algumas meninas hetero, que podem ou não seguir carreira, o armário, o gaydar, as crises conjugais, namoro, casamento e adoção.
E exatamente por ter explorado todos os temas nos primeiros 13 epsódios, a trama ficou meio perdida nas temporadas seguintes. Tanto que na segunda temporada nada realmente interessante acontece. A menina que outrora era a hetero entra num curso para escritores iniciantes e começa a escrever um livro com o pretensioso título de "Assim falou Sarah Schuster", com uma linha de pensamentos alucinados e lembranças desconexas, além dela se tornar completamente suicidal junkie, totalmente desnecessário para a série. Além disso o casal mais velho e de relacionamento mais sério, apesar de conturbado, tem o bebê. E o casal mais novo e mais engraçado vive um relacionamento divertido, cheio de trapalhadas.
A terceira temporada é quase um privê do Cinemax. Era sexo, sexo, sexo, sexo, sexo, curiosidade ao contrário (mulher lésbica com curiosidade hetero), sexo, sexo, sexo, sexo, sexo, gravidez e aborto na menopauza, sexo, sexo, sexo, sexo, sexo, câncer de mama e morte por câncer de mama, sexo, sexo, sexo, sexo, sexo, ida ao Canadá pra casamento que não acontece e, por fim, sexo, sexo, sexo, sexo e sexo.
A quarta temporada é metalinguística, porque gira em torno de um livro escrito pela personagem principal, entitulado "Lez Girls", onde é retratada a vida desse grupo de mulheres homossexuais de Los Angeles. Os nomes das personagens são, inclusive, muito parecidos com os nomes das personagens "reais" da série. A única coisa diferente nessa quarta temporada é a abordagem sobre transexualidade female to male, que é bastante tabu mesmo no meio LGBT. Há também uma abordagem interessante sobre sair do armário na meia-idade e o relacionamento entre uma pessoa normal e uma deficiente auditiva.
A quinta temporada ocorre em torno da adaptação do livro "Lez Girls" para um roteiro de cinema. Também metalinguística, parada e sem novidades essa temporada. Já não tinha mais história para contar.
A sexta temporada, que começou a ser exibida pela Warner à meia-noite de hoje, é a pior de todas. Começa na morte da personagem principal e gira em torno disso durante oito epsódios, mostrando que todas as outras personagens tinham motivo para matar aquela moça insuportável.
The L Word passa longe da realidade de qualquer lésbica ou meio lésbico. Vale a pena assistir pelas belas mulheres do elenco, mas não serve para identificação de grupo.

[Não acho pertinente falar durante o post dos trocadilhos dos títulos que são sempre citados, como o L do título principal valer tanto pra Lesbian quanto pra Love e Life, e o Assim falou Sarah Schuster com o livro do Nietzsche, Assim Falou Zaratustra.]

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Acabou a zzzzzzzzz

O que lembraremos dessa Copa do Mundo são os nomes chatos que as coisas ganharam. O nome chato da corneta, que virou vuvuzela. O nome chato da bola, que virou Jabulani e, na final, Jo-Bulani. O nome chato da Seleção sul-africana, os Bafana Bafana. O nome idiota da Seleção vencedora, a Fúria.
Essa Copa do Mundo foi tão sem graça que nem dava vontade de assistir aos jogos. Prato cheio pra quem como eu estava sofrendo de insônia. Esse ritmo de maracujina meets passiflora com chá de camomila tornou ingrata a tarefa de acertar placares e participar de bolões. Pra começar, empates no primeiro dia. Depois vitórias com pouca emoção.
Aí vieram as oitavas. França e Itália, consideradas grandes Seleções, já haviam caido. E a eliminação da França só não foi melhor porque conseguiram marcar um Gol contra a África do Sul em sua última partida. Mesmo assim, sua eliminação foi motivo de comemoração em muitos lugares. Na Irlanda, por exemplo.
Mas nas oitavas foram embora algumas Seleções que nem fazia sentido ainda estarem na Copa: Coreia do Sul, México, Eslováquia e Japão. O Mick-pé-frio Jagger mandou embora a turma do Tio Sam e a turma da Rainha. Chile, grande freguês que é, foi eliminadíssimo pelo Brasil. Mas a melhor eliminação das oitavas foi a de Portugal.
Depois, nas quartas, acabou o sonho de uma Seleção africana chegar perto da Taça da Fifa e alguém continuar lembrando que na África existe água encanada. A Seleção de Gana foi eliminada nos pênaltis pelo Uruguai. A coerente Seleção dungueada foi eliminada com bastante coerência pela Holanda, num 2x1 sem graça também. Jogo de Seleção que achou que já tinha ganhado no primeiro tempo e arreganhou as pernas no segundo.
Pra acabar com a tristeza brasileira, a Alemanha meteu de quatro na Argentina de Maradona que, ao contrário de Dunga, é queridíssimo em seu país e soube muito bem comandar sua Seleção, que estava invicta até aquele momento. A derrota dos hermanos foi triste, a Seleção Argentina foi uma das poucas que mostrou futebol bonito, como a Seleção Alemã, que a eliminou.
A Espanha, bem zebra que foi em toda sua campanha, eliminou o Paraguai por 1x0. A tal Copa América que parecia ser, começava a virar Eurocopa ali, quando só restava uma Seleção americana em jogo.
Aí na semifinal, Holanda elimina o Uruguai, para garantir o trivice. A surpresa mesmo foi a goleada magnífica de 1x0 da Espanha na Alemanha. Moralmente, quem ganhou essa Copa foi a Alemanha, que teve o futebol mais bonito, mas nem é isso.
A final entre Espanha e Holanda prometia. Prometia sono, prometia tédio, prometia não ter nenhuma emoção. Como disse uma amiga no twitter, prometia ser um jogo tão chato que era mais fácil tirarem um par ou ímpar e dar a Taça pra quem ganhasse assim. Beto Silva, do Casseta e Planeta ainda falou que pelas estatísticas, ambas seriam vice. Aí a Espanha vai, marca aos 13 minutos do segundo tempo da prorrogação, ganha a Taça e passa a ter uma estrelinha em cima do brasão na camisa.
Aí que brasileiro nenhum tava nem ligando mais pra Copa desde o dia 02/07 (aniversário de mamãe, que até chorou com a eliminação) e a galerë já tava pensando em como chamaria a bola em 2014. Porque 2014 tá logo aí, semana que vem já é 2014, na cabeça desse povo. Falta também inventarem um nome bem cretino pra corneta também. E pra buzina de Opalão tunado, desses que passam na rua às 2 da manhã curtindo aquele proibidão maneiro. E pra escapamento de moto. Afinal de contas, 2014 já tá ai e o Brasil é logo aqui.

sábado, 10 de julho de 2010

Aqui não se fala de...

1 - Casos de homicídio com comoção popular, cuja personagem pricipal possua um substantivo antes do nome. Ex: menina Isabella, goleiro Bruno, advogada Mércia;
2 - Pagode de todas as sortes, principalmente aqueles que rimam amor e dor (como os que meu irmão ouve);
3 - Molusco com poderes mediúnicos;
4 - O fato da seleção espanhola ser conhecida como Fúria;
5 - A galera querer o Felipão de volta na seleção;
6 - Série de et;
7 - Espanha e Holanda na final mais sonolenta da Copa;
8 - Comprar minidv para fazer tcc, quando o tcc poderia ser feito em videocast;
9 - Como o tempo seco atrapalha a vida em São Paulo tanto quanto a chuva atrapalha a vida em São Paulo, tanto quanto a existência de seres humanos atrapalha a vida em São Paulo;
10 - Erros do G1.

Aqui se fala de...
1 - declarações de amor;
2 - futebol;
3 - programas de tevê e como se adequar para ser audiência de qualquer tipo de programa;
4 - livros;
5 - insônia;
6 - política (principalmente quando começarem os debates);
7 - sexo (que todo mundo faz, menos a autora desse blog);
8 - filmes que dão tapas na cara da sociedade;
9 - filmes que não dão tapas na cara da sociedade;
10 - E sobre como perder seguidores no Twitter.

Principalmente Aqui se fala mais do que deve e se arrepende depois e culpa a cerveja. Mas aqui não se chora o leite derramado.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Inquietações

Como será que é viver sem grandes expectativas? Deve ser bom acordar todos os dias para viver a mesma vidinha mediana e ser feliz com isso. Deve ser maravilhoso não querer demais. Deve ser incrível a sensação de não ter nada faltando, ou não saber se falta algo.
Gente burra sabe que é burra? Ou existe um mecanismo de defesa que impede a pessoa de perceber a dimensão de sua ignorância? E ignorância ou a burrice aqui referida não é necessariamente falta de conhecimentos gerais e/ou técnicos. Existem diversos tipos de burrice ou ignorância. Ou, se visto por outro ângulo, existem diversos tipos de inteligência.
A gente cresce um dia ou fica nesse loop eterno de momentos felizes de curta duração seguidos de longos períodos de teenage angst? Porque muito embora Teenage Angst seja uma música muito foda do Placebo, é foda pensar em passar a vida inteira nesse loop. E "Since I was born I started to decay. And nothing never ever goes my way" nunca vai ser um hit da alegria.
Qual a sensação de concluir um ciclo? Ir até o fim em alguma coisa, ter aquela sensação de orgulho, poder bater no peito e dizer "eu fiz isso"? Por que o ser humano tem esse costume imbecil de abandonar tudo antes mesmo de tentar? Por que vivemos esse prazer mórbido de ficar comiserando o que deixamos de concluir por medo de fracassar? O que é fracasso? O que é sucesso?
E qual é a sensação de gostar de alguém e esse sentimento ser recíproco? Deve ser chato não ter ninguém maltratando ou ferindo outro alguém. Ou não. Ou deve ser maravilhoso. É uma questão de ponto de vista.
Existe hora certa pra dizer que ama alguém? Ou é melhor seguir o clichê hollywoodiano de aparecer do nada, no meio de uma tempestade e dizer "oi, eu corri 1583km na chuva para dizer que eu te amo"? Em Hollywood isso sempre deu certo, tipo fórmula do sucesso.
Pensando bem, é bem fórmula do sucesso mesmo, porque quem corre 1583km fica lindo/a e sarado/a, ai toma aquela chuva que vai se encarregar de lavar o fedor de suor e, de quebra, dar aquela gripe, que vai aparecer logo após o primeiro beijo, ainda na chuva, porque tudo tem de ser incrivelmente mágico e romântico e clichê. Ai a pessoa amada põe o/a morimbundo/a corredor/a da chuva pra dentro de casa, cuida da gripe dele/a e eles podem ser felizes para sempre.
E o sono, hein, só pertence aos justos? E quem define quem é justo e quem não é? Porque nessas horas que o sono falta, sobram questões existenciais imbecis, arrogância, prepotência, angústia e medo de que a vida inteira seja só uma promessa não-cumprida.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Vamos falar de coisa boa?


Brinks, vamos falar da Copa, claro. Nessas oitavas de final a gente deixa de lado toda a idiotice dungueana e volta a falar do futebol, como a vida deve ser.
Mick Jagger conseguiu, com todo seu pé frio, mandar pra casa a turma do Tio Sam e a turma da Rainha (da Inglaterra, não da Xuxa). Só uma pessoa não acha que o Mick Jagger é azarado. A Luciana Gimenez. Aposto que até ele se achou azaradão em alguns momentos de sua vida. Tipo o momento que ela contou pra ele que teria um filho dele, ou quando ele foi acompanhar duas Seleções no Mundial e as duas foram eliminadas. Só um palpite e tal.
A Seleção com mais sorte que passou agora para as quartas de final é, sem dúvida, o Uruguai. Eliminou a Coréia do Sul nas oitavas e vai pegar Gana agora nas quartas. Brasil e Holanda vai ser um jogo difícil. E mais difícil ainda vai ser aguentar o Galvão Bueno falando "é dramáááááááááááááático".
Paraguai e Espanha também promete um jogo menos fácil pra qualquer um dos lados. Porque a gente gosta da Espanha por ter eliminado Portugal, mas também gosta do Paraguai porque muita gente corre lá pra comprar a muamba nossa de cada dia.
Jogão mesmo, duelo de grandes vai ser Argentina e Alemanha. São duas Seleções boas e que todo mundo odeia. Aí é a hora da verdade. Maradona devia correr pelado se ganhar esse jogo, porque é a única verdadeira berreira entre a Argentina e a Taça da Fifa. Ou não. Porque, como diria o outro, futebol é uma caixinha de surpresas.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

#InsôniaFeelings

Quinze para as três da manhã e o sono deve estar parado em algum trânsito por ai. E assim tem sido na última semana. Normalmente rola aquela insônia dominical, que o corpo relaxa, mas a mente não quer relaxar de forma alguma e isso acaba transformando esse ser por trás da máquina em um bife na frigideira, virando o tempo todo.
Mas normalmente, após adormecer nas madrugadas longas de domingo, é preciso acordar e ir para a faculdade. Porque sim, esse ser de vida ingrata estuda vai às aulas de manhã. E nas segundas-feiras é o melhor humor de quem não dormiu e pegou ônibus lotado, porque o décimo quinto motorista resolveu parar em seu ponto, depois que seus catorze predecessores passaram reto. Incrível como os ônibus são muito mais lotados nas segundas-feiras que nos demais dias da semana.
Mas na própria segunda-feira, depois de fazer tudo o que devia ser feito fora de casa (normalmente segundas-feiras são excelentes dias para processos seletivos, so is teached for all companies' human ressorces), esse ser volta para casa, fica vendo bobagem navegando pela internet e depois de comer alguma porcaria (porque nessa casa não se janta), e alguma fruta, capotava antes de terminar o CQC, que é um dos piores programas da tevê brasileira.
Mas nessa segunda-feira, algo estranho aconteceu. O sono nem o sono quis deitar nessa cama. É uma cama pequena, mas cabem dois, principalmente se um dos dois for o sono. E o mesmo aconteceu na terça-feira, na quarta-feira, na quinta-feira e na sexta-feira. Horas rolando na cama, não mais que quatro horas dormindo.
Na madrugada de sábado pra domingo o milagre aconteceu e o sono me added por 7 horas - das 5 da manhã ao meio-dia. Tempo suficiente para sonho desconexo, que segundo dicionários dos sonhos só significam coisas boas. (Finalmente, porque coisas ruins já tiveram grande parcela dessa vida há, pelo menos, 6 anos.) Depois disso, quem me added foi o Harry Potter na TNT e tamo ai nesse follow back desde então.
Não é nada preocupante. Ainda não foi desenvolvido nenhum Brad Pitt, nem ninguém tá se batendo por ai. Só as contas estão acumulando mais juros, mas ainda há fé que um dia Deus vai me dar a salvação que as dívidas caduquem lá no SPC/Serasa, ou o bilhete premiado da Megasena entre pela janela desse quarto torto e torne a pecinha por trás da máquina mais rica que o Eike Batista. Sonhar não custa nada não.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

...

Pouco prazer e muita irritação. A vida não é justa pra ninguém.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Futebol é uma caixinha de surpresas...

Enche o saco falar da babaquice do Dunga. Além de coerente o cara é burro. Porque a expulsão do Kaká foi culpa dele, que não tirou o Kaká de campo quando deveria ter tirado, logo que saiu o Elano. Quando, meu Deus, quando que a Globo se prestou a fazer editorial antes do que foi feito ontem? Pouquíssimas vezes. Partir para a ignorância com jornalista é assinar atestado de idiotice. Ninguém mais precisa dizer da idiotice do Dunga. Isso nem vem ao caso. Mas essa Copa, hein?! Chaaaaata.
As seleções sulamericanas invictas, sendo que Uruguai não saiu do 0x0 no primeiro jogo (com a França) e o Paraguai também empatou em 1x1 com a Itália no primeiro. Mas ambas as seleções ganharam o segundo jogo.
Chile ganhou as duas partidas, mas apenas com um gol marcado em cada. Argentina ganhou o primeiro jogo com um gol marcado, mas goleou a Coreia do Sul. Diferente do Brasil, que teve um perrengue para ganhar da Coreia do Norte, mas marcou bem contra a Costa do Marfim.
Aliás, que jogo. Luis Fabiano fez um belíssimo gol e um segundo gol que só faltou segurar a bola, acertar no pé e marcar. Thierry Henry way of playing. Elano marcou bem também e depois foi injuriado. Do jeito que essa Copa vai, nas oitavas o que veremos é a Copa América.
(Minha favorita absoluta) A Alemanha mandou muito bem no primeiro jogo e desapontou no segundo. Perder pra Sérvia?! Quem é a Sérvia no futebol mundial, gente?
E a Inglaterra, que tá vivendo de empate? Empatou com seus próprios colonos, e com a Argélia, que também é ninguém no futebol mundial.
Na Europa, só a Holanda tem mantido o (meu) respeito. Ganhou seus dois jogos, so far. A França a gente ama que nem a Argentina. Ama ver tomar no cu. Todo mundo torcendo pra França não conseguir marcar nada amanhã e, por um milagre divino, a África do Sul marcar pelo menos dois golzinhos. Pizza Hut irlandesa vai distribuir mais 700 pizzas gratuitas e a gente corre lá. Afinal a Irlanda é aqui do lado.
E Portugal, hein? Empata com a Costa do Marfim e hoje assusta todo mundo. Primeiro tempo termina morninho, em 1x0 e na hora de conferir o resultado, vemos aquele 7x0. Porra, 7x0 é um resultado muito lindo.
Tudo bem, só um milagre para a Seleção do Maradona perder da Grécia, mas não custa nada espetar um boneco de voodoo. Quem tá pobre miserável que nem essa pessoa por trás da máquina, não é difícil fazer um boneco de voodoo. É só comprar o pano (ou encontrar os retalhos que sua tia usava quando costurava), pegar uma tesoura sem ponta, uma agulha e linha e pedir para um adulto costurar, pra não correr o risco de enfiar a agulha no olho e correr para o hospital.
Aí é fazer dois voodoos. Um para a França e um para a Argentina. E espetar a vontade.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Would you erase me?


Então é aquela coisa. Você conhece alguém de forma aleatória e esse alguém começa a crescer em você de forma inesperada. Por glória divina esse crescimento é mútuo. Vocês se apaixonam, se adoram, se amam, a vida nunca mais vai fazer sentido sem esse ser.
[Uma história no meio da história. Um dia uma mocinha, no começo de seus 19 anos resolveu engatar uma relação com uma outra moça que, na época, tinha 27 anos. Esse romance foi todo lindo e colorido por aproximadamente seis ou sete meses.]
Mas a convivência se encarrega de ir tirando pouco a pouco as maravilhosas cores que essa vida incrível com esse alguém incrível costuma(va) ter. De dias coloridos a dias pastéis, até o fim do túnel em dias totalmente cinzas. Não dá mais.
[Um dia a moça mais velha, já com seus 28 anos, disse para a mocinha mais nova que nunca tinha gostado dela. A mocinha então se rendeu à trilha sonora de Magnólia, a uma outra música chamada Rudmiments, de uma banda chamada Milburn e a ficar trancada no quarto chorando diariamente durante quase dois meses.]
O inevitável fim após o desgaste emocional machuca em lugares nunca antes explorados. A dor é tanta que dá para se perguntar se é física ou espiritual. Mas o que fazer depois do fim, apagar a memória do que foi vivido para evitar sofrimento? Mergulhar em fossa, ficar ouvindo (insira sua banda/artista de fossa preferido aqui) e lembrando só das coisas boas? Viver de trabalho/estudo para ocupar a cabeça e aos fins de semana virar aquela má influência que seus pais passaram anos te alertando que nunca prestaram?
Todo mundo já amou ou vai amar de forma absolutamente despretensiosa e intensa. E esse foi o caso de Joel e Clementine, em Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças, que é um filme que tinha de ser muito bom só para compensar o título imenso. Joel e Clementine viveram todos os clichês de um relacionamento. Se apaixonaram, dividiram uma rotina, se desgastaram e sofreram um com o outro. Ou um pelo outro.
Dias antes do Dia dos Namorados, Clementine deixou Joel e apagou ele de suas memórias. Voltou a viver como se nunca o tivesse conhecido. Joel sofreu de fossa, como todo ser humano apaixonado. Quando descobriu que foi apagado das memórias de Clementine, procurou a mesma clínica e resolveu fazer o mesmo procedimento para apagá-la de sua memória.
Durante o procedimento ele se arrepende. Porque ele entende que ele não quer esquecê-la, ele quer deixar de amá-la. Então ele tenta fugir com ela em suas lembranças para outras lembranças de sua vida, para que ela nunca deixe de existir em sua memória.
A equipe da clínica, no entanto, rastreia essa fuga, e ele acaba por perder todas as memórias. Por ironia do destino, eles tornam a se conhecer no Dia dos Namorados, e tornam a ficar juntos. E descobrem então que ambos se apagaram de suas respectivas memórias.
[Passado esse período de fossa e vida malígna na vida da mocinha, as duas moças voltaram a se ver. E, aparentemente, a vida tinha ainda algumas cores quando estavam juntas. Foram ficando, e ficando, e ficando, e ficando. As cores foram sumindo e nem dava para dizer que era pouco a pouco. E uma sugava qualquer brilho que pudesse se assemelhar a cor na vida uma da outra.]
O mesmo acontece com a recepcionista da clínica, que foi quem mandou para todas as pessoas que fizeram o procedimento seus respectivos arquivos. Ela descobre que passou pelo procedimento para esquecer o médico responsável pela clínica, com quem ela teve um caso e, por quem ela era apaixonada, mesmo após o procedimento.
O elenco do filme só é salvo por Kate Winslet e Mark Ruffalo, mas a história é maravilhosa. Porque todo mundo um dia já pensou em como seria apagar alguém da memória. E o borderline do filme (a meu ver) é que as memórias não são apagáveis. Que os seres humanos têm de deixar de ser tão autopiedosos e aprender a conviver com as lembranças - boas e ruins.
[Um dia, com toda a sabedoria dos seus 21 anos, a mocinha concluiu que gosta muito da lembrança colorida do que sentiu pela outra moça um dia. Mais pela seletividade da memória, que lembra de coisas maravilhosas que ambas viveram juntas, que pelo que, de fato, se passou.]
A mágica de Brilho Eterno está aí. Nesse tapa na cara que o filme é capaz de dar nas pessoas, mesmo tendo os insuportáveis Jim Carey como protagonista e Elijah Wood e Kirsten Dunst em papéis menores. Nós precisamos aprender a viver com as mágoas e com as boas lembranças. Ainda que, vez por outra, pesem.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Regras do Clube da Luta


"Regra número um do Clube da Luta - você não deve falar sobre o clube da luta.
Regra número dois do Clube da Luta - nunca, jamais, comente sobre o clube da luta.
[...]
Regra número sete do Clube da Luta - As lutas duram o tempo que for necessário.
Regra número oito do Clube da Luta - se é sua primeira noite no Clube da Luta, você tem de lutar."
Todo mundo sabe que o Tyler Durden é um delírio esquizofrênico e que foi o Edward Norton que comeu a Marla Singer, que é a mulher do Tim Burton (Helena Boham-Carter) e tudo isso só porque ele tinha insônia e tava querendo causar um caos financeiro pra aliviar a própria parte.
Insônia não é o problema aqui, mas causar um caos financeiro pra aliviar a parte da pobre autora desse blog parece ser uma boa idéia mas, infelizmente, a autora desse blog não é dada a crimes, fraudes e qualquer sorte de transações ilícitas.
Acontece que as duas primeiras e as duas últimas regras do Clube da Luta podem ser aplicadas a diversas situações da vida. Como entrar em situações-armadilha, por exemplo. Ou sair dessas situações.
Em algum momento da vida, todo mundo já desejou ter seu personal Tyler Durden - fala as merdas que você queria falar, come a mulher que você queria comer, leva a vida do jeito que você queria levar e não enfrenta nenhuma conseqüência.
E um dia, cedo ou tarde, todo mundo libera o Tyler Durden adormecido dentro de si, nem que seja por alguns instantes. Álcool, sexo ou qualquer outro tipo de entorpecente é a desculpa para liberar o lado cool inconseqüente adormecido em cada um. Mas depois que o efeito dessas substâncias passa, fica só ressaca - física e/ou moral.
O gancho final deste post era, na verdade, dizer que a regra básica do clube da luta é não falar (nem fazer) mais do que aquilo que se agüenta ouvir (ou viver). Porque Tyler Durden isn't real e quem sofre com a repercursão de agir inconsequentemente é sua consciência.
E todo mundo sabe que peso na consiência pode causar insônia que pode causar esquizofrenia paranóica, que vai criar um cara que é o Brad Pitt e isso tá bem longe da sua realidade...

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Tédio, seu nome é Copa

Assim como coerência, seu nome é Dunga. Para abrir bem o post, Datena no pós-jogo:
"A Córeia é o bêbado da chave. Quem bater mais no bêbado, classifica melhor".
Agora sim, vamos falar de Copa do Mundo já que tá todo mundo desocupado por um mês para assistir aos jogos do mundial.
Os jogos continuam tendo doses cavalares de maracujina feat passiflora e estão parados, para não dizer tediosos. Domingo teria sido o dia do 1x0 se não fosse a Alemanha dar aquela aula de futebol. Meteu logo 4 na Austrália, pra mostrar que conquistar o tetracampeonato pra eles não é brincadeira. E, pra não deixar de dizer que brasileiro é uma praga, pra variar, tem brasileiro (negro) naturalizado alemão na seleção deles. Hitler se revira no túmulo. Ou num cinema parisiense, de acordo com Tarantino.
Ontem a Holanda bateu a Dinamarca por 2x0, sendo um dos gols contra. Essa é a beleza do mundial. Frangos, gols-contra, como a vida deve ser. O Japão ganhou de 1x0 de Camarões que, como todas as outras seleções africanas, é cheio de jogador rápido, mas nenhuma tática de jogo.
A atual (tetra)campeã Itália conseguiu empatar em 1x1 com o Paraguai. E por falar nisso, "Foi num bar em Assunção, capital do Paraguai, onde eu vi as paraguaias sorridentes a bailaaaaaaaaaar"[...]
Nova Zelândia e Eslováquia, que não fedem nem cheiram, empataram em 1x1 também. Portugal e Costa do Marfim seguiram o exemplo de França e Uruguai e não teve nem uma balançadinha na rede.
E, depois do show de empates dessa terça-feira, houve aquele momento esperado por toda a nação brasileira que deixou de trabalhar hoje - o espetáculo da coerência dungueana. Primeiro tempo tão morto que dava vontade de colocar no Viva e ver a reprise de 4 por 4. O próprio Dunga olhava desacreditado para a merda de escalação que tinha feito.
Robinho pedalou em bicicleta ergométrica, porque não conseguiu sair do lugar. Kaká foi um dos jogadores que mais se movimentou durante a partida, mas foi difícil dizer se seus movimentos eram de Tai Chi ou Ioga. Também não jogou nada. Maicon marcou o primeiro gol e Elano marcou o segundo. Mas não fizeram mais que a obrigação, de acordo com o Datena.
Ai na coletiva pós-jogo, Dunga declara o seguinte: "a gente queria ganhar, queria marcar mais. Claro que tomar um gol não deixa ninguém feliz. Pergunta pro Júlio César se ele está feliz, pra você ver". Coerência, seu nome é Dunga.

domingo, 13 de junho de 2010

A Copa da soneca

A Copa do Mundo começou com jogos fraquíssimos. Dois empates no dia de estréia, sendo um deles o tedioso 0x0 de França e Uruguai. Por enquanto o país com maior número de gols foi a Coréia do Sul (!), com 2 gols em cima da Grécia, o que mostra o ritmo maracujina meets passiflora dessa Copa.
E a Inglaterra, hein? Marca antes dos cinco minutos do primeiro tempo, mas toma um gol imbecil que foi um belíssimo exemplo para os pintinhos que crescem nas avícolas de seus destinos cruéis de virarem frangos.
Amanhã o único jogo que pode ser interessante de assistir é o terceiro, da Alemanha contra a Austrália. Para animar essa Copa, a Alemanha deveria ganhar. Para empatar o número de títulos com a Itália de novo e tal. Porque essa história de time da África ganhar é tediosa, pra não falar engraçada e dreamkiller.
Nelson Madela, mil perdões, mas ninguém nem lembra que a África existe. Ou se lembra, é da África como um continente pré-histórico. As pessoas são incapazes de cogitar a idéia de existir, sei lá, esgoto, água encanada, luz, tevê e internet na África. Fala em África todo mundo pensa só na miséria, na umbanda, no candomblé, em criancinhas desnutridas e em savana. A idéia de a África ser um continente do século XXI é inconcebível para meia humanidade.
Agora é esperar por maiores emoções nos jogos que seguem. Holanda e Dinamarca, e Itália e Paraguai na segunda devem ser melhores. Brasil também tem a obrigação de massacrar a Coréia do Norte pra colocar o tal do Rooney da Ásia no lugar dele de país que observa o futebol ao invés de jogar. Ou não. Ou essa vai ser a Copa do tédio e da coerência do Dunga. Vai saber.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Verborragia

Depois de um tiro no pé Voltamos à nossa programação normal.
Semana de prova é uma semana de corno. Noites com três horas de sono, trabalhos para serem entregues, seleção natural de exames a serem feitos por falta de tempo ou de empenho para a matéria, esse tipo de coisa. E essa é a décima segunda semana de provas das 16 totais do curso. Sem contar com semana de exames. Contando com semana de exames, essa é a décima sétima semana de provas, de um total de 24.
Todo mundo que passa ou já passou por isso sabe o que é não ter vida nenhuma durante uma semana. E os donos de bar acham estranho pessoas bebendo cerveja nove e meia da manhã de uma sexta-feira, só para comemorar que acabou. Cervejada pós-banca de TCC deve ser um prazer inenarrável.
Mas essa semana from hell está no fim. Amanhã tem a última prova (programa de entrevista). Depois tem cervejada de comemoração + primeiro jogo da Copa. Mas o problema dessa semana não foram só as provas. O mundo não foi muito amigável.
Freedocast falhou durante o season finale de Glee, que aliás ninguém entendeu até agora por que o Ryan Murphy foi tão clichê na hora de escolher qual seria o gancho para a segunda temporada. Quem acreditava que na segunda temporada seria a preparação pras Nationals, um beijo e um queijo para você.
Quero só ver se durante a segunda temporada a Fox surta e confirma que vai fazer uma quarta temporada. Ai o que rola, eles perdem as Sectionals para ter gancho pra isso? E como seria essa quarta temporada? Eles terminam o colégio e vão todos pra mesma faculdade pra manter o clube?
Por maior obssessão particular que essa série me seja atualmente, depois desse season finale ficou no ar um misto de tristeza e brochada, porque havia muita espectativa.
E Ídolos, hein? Adoro essa fase de testes, sempre rende boas risadas e tal. Mas esse programa não é para o Rodrigo Faro. Ele manda bem naquele programa de sábado, o Melhor do Brasil. Lá ele faz as palhaçadas e tira aquele barato da caravana da zona leste. Infinitamente superior ao Márcio Garcia que está na geladeira da Globo mordendo o próprio cotovelo de tanta raiva por não ter essa desenvoltura do Faro.
Mas Ídolos, sei lá, precisava de um host melhor. Ou um que entenda de música, pelo menos. O bom de Ídolos é a Paula Lima (que particularmente eu acho bastante pegável). Porque Marco Camargo e Calainho fazem do programa uma guerra particular e os espectadores sempre ficam com aquela cara de paisagem, pensando se realmente não entendem nada de música ou se isso é só putaria deles.
E tem também a Copa que começa amanhã e tal. Os bolões estão pegando fogo e, claro, surgiram milhares de médiuns, premonitores e charlatões de todas as categorias dizendo que quem ganha a Copa é um time da África. Quanta originalidade, meu deus. Com toda a tradição futebolística que os times da África têm, juntando todos os times africanos não dá um time pouco regular, tipo os Estados Unidos, que também não tem cacife suficiente pra jogar em Copa.
Muita coisa de uma vez e assunto nenhum. E a vida segue.